No domingo 9 de novembro, foi dia de Festa do Acolhimento.
Eu e o Rui conseguimos fazer pouco, muito pouco, para receber os "nossos" meninos.
Entendemos a nossa missão de catequistas como a de facilitadores do acesso à Comunidade dos nossos meninos.
Por isso, hoje, foi toda a Comunidade que trabalhou para os receber.
Uns cantaram, outros leram o que havia quem tivesse escrito, outros levaram as moedinhas pequeninas que vão dar bens à Vida Norte (e que toda a Comunidade e os amigos de gente da Comunidade têm vindo a recolher), uma mãe foi desafiada a arranjar quem levasse os cestos (e arranjou), outros entregaram bilhetes de boas-vindas.
Juntos, espero, fizemos os meninos e meninas do primeiro volume perceber que são recebidos de braços aberto por nós, como símbolo de Jesus.
Eles mesmos, no Abraço da Paz, foram levar abraços a toda a gente. Afinal, há que saber que, depois de acolhidos, somos chamados também a ser gesto de ternura.
Depois, no nosso Magusto, foi tempo de alargarmos a mesa, em dia em que também celebramos a alegria de sermos Redentoristas.
Eucaristia
Foi sobre ISTO que me pediram para falar com os meninos do 3º ano, no dia 12 de outubro. E o meu coração disparou logo uma palavra à minha cabeça: Festa!
Não consigo pensar ou experimentar a Eucaristia sem pensar na Festa que reúne os amigos de Jesus.
Mas é difícil falar sobre esta Festa sem perceber em que medida e como é que os meninos a experimentam.
E foi isso que tentei perceber com o grupo. Perceber o que achavam que era a Eucaristia. Como participavam. O que gostavam mais e o que gostavam menos.
E quando nos pomos a caminhar pelo desconhecido, o resultado é sempre maior do que aquilo que podíamos imaginar. Nenhuma preparação que eu tivesse feito me levaria a chegar à conclusão que chegamos todos: nas festas, como na Festa, gostamos mais daquilo que nos une (dar as mãos, rezar o Pai Nosso, o abraço da paz cantar) e gostamos menos do que nos separa (é muito tempo e acabamos por nos distrair, levantamo-nos e sentamo-nos muitas vezes, às vezes não percebemos o que é dito).
E aí, percebi que nada melhor do que a experiência para percebermos o que é a Eucaristia enquanto Festa. Então, à pergunta “Qual é a vossa festa preferida que celebram todos os anos?”, a resposta foi unânime: o nosso aniversário. E foi a partir daí que começamos a descobrir os pontos comuns nas festas de aniversário e na Festa da Eucaristia.
A pessoa pela qual todos se reúnem:
Aniversário- aniversariante
Eucaristia- Jesus
O convite:
Aniversário- feito pelo aniversariante e família
Eucaristia- feito por Jesus e pela Comunidade
O gesto principal:
Aniversário- partir do bolo
Eucaristia: partilha do pão e do vinho
Música principal e que todos sabem:
Aniversário: os “Parabéns”
Eucaristia: o “Pai Nosso”
E confesso que quando preparei esta parte da catequese, quando pensei no que substituía a música dos parabéns não me foi imediata a oração do Pai Nosso. Foram os meninos que, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, partilharam isso. E, verdade verdadinha, não admira que que o Pai Nosso seja uma das partes que eles mais gostam na Festa, pois, como a música dos Parabéns, já desde pequeninos que, mesmo não sabendo a letra, se vão deixando embalar e trauteando algumas partes. É aquela parte que nós sabemos que sempre vai chegar e que vamos poder participar, porque não se deixa de rezar o Pai Nosso (de cantar os parabéns), nem se vai mudar a letra.
É um imenso privilégio e uma responsabilidade muito grande isto de irmos descobrindo a Eucaristia como uma Festa Verdadeira. Onde todos os nossos gestos, as nossas expressões e até os nossos silêncios devem ter a pinta de Jesus, a pinta da ALEGRIA de pertencer à Festa do REINO!
Os nossos estimados leitores já devem andar a pensar que os catequistas do 1.º, 2.º e 3.º volumes são uns mentirosos. Então, ficamos de dar boas notícias e nunca mais dissemos nada?
Calma, já aqui estamos de volta!
Há catequeses que estão tão, mas tão ligadas, que não dá para partir em bocadinhos. Temos de contar uma história em vários capítulos todos bem ligados.
Depois de, na primeira semana, todos juntos, termos estado a fazer perguntas uns aos outros, foi tempo de começarmos a prepararmo-nos para a Festa do Acolhimento.
O primeiro volume andou a preparar-se para ser acolhido.
O segundo volume tornou-se o organizador oficial da Festa do Acolhimento.
Há muita coisa a tratar!
Primeiro, é preciso que a Comunidade conheça todos os meninos que vai receber. Por isso, o segundo volume andou de sala em sala, a apresentar os meninos do primeiro.
Depois, foi preciso escolher os pedidos a fazer à Comunidade. É precisa ajuda para a leitura, para a Oração dos Fiéis, para o Ofertório (de uma missão, de pão e vinho e dos cestos com moedas), para a acção de graças, para um bilhetinho de boas-vindas…
O segundo volume vai passar uma missão ao primeiro, na Festa do Acolhimento. No ano passado, o agora segundo volume andou a lembrar muitas vezes toda a Comunidade que “Os pequeninos também contam”. Assim, todos juntos, conseguimos juntar muitas, muitas, mas mesmo muitas moedinhas de 1, 2 e 5 cêntimos. Com elas, ajudámos bebés que a Vida Norte apoia. Os mais pequeninos da nossa catequese ajudaram a cuidar de pequeninos que precisam de todo o carinho.
Agora, é tempo de primeiro volume ficar com essa missão. A partir da Festa do Acolhimento, é isso que vai acontecer :D
Após estar tudo escolhido, foi preciso tratarmos dos convites. Enquanto o primeiro volume se preparava para convidar as famílias para a sua catequese, o segundo preparava os convites para toda a Comunidade.
Hoje, enquanto o primeiro e o terceiro volumes recebiam os pais do primeiro (o Rui vai contar-vos tudo sobre isso), o segundo volume teve muito que trabalhar: preparar o texto do Ofertório da missão, acabar os convites, distribuir os convites e ainda pôr toda a gente a enfeitar os bilhetes de boas-vindas do primeiro volume e suas famílias.
Para quem está a pensar que a catequese já não é o que era e que andamos a ensinar muito pouco ou quase nada, temos que vos dar razão. Para os nossos pequeninos, mais do que ensinarmos “coisas”, estamos a tentar que eles vejam acontecer o carinho e a união numa Comunidade. Precisamos de vós para seja mesmo, mesmo, mas mesmo assim.
Hoje, começou mais um ano de catequese.
Nele, somos chamados a dar um bocadinho de nós a crianças e jovens, a sermos ponte entre eles e a Comunidade, que lhes apresentará Jesus. Com o tempo, por Jesus, hão-de chegar ao jeito de o Pai amar. Um dia, esperamos, perceberão que querem, na medida dos seus possíveis, amar também assim.
No ano passado, partilhámos aqui as histórias da catequese do 1.º volume. Este ano, eu e o Rui vamos alargar as boas notícias e vamos estar aqui, todas as semanas, a contar as boas notícias do 1.º, 2.º e 3.º volumes.
Haverá dias em que teremos boas notícias diferentes para cada grupo. Haverá dias em que teremos apenas uma boa notícia para os três grupos, porque os grupos estarão juntos.
Haverá dias em que algum dos grupos vai ficar com outros amigos e, quem sabe, serão eles a contar-nos boas notícias. Todos as publicações terão a marca "Boas notícias da semana".
Hoje, foi tempo de nos conhecermos um bocadinho. Houve perguntas (muitas). Houve respostas: umas mais sérias, umas mais brincalhonas.
Se ficamos a conhecer-nos? Claro que não. Ficamos a saber umas coisas uns sobre os outros. Conhecermo-nos exige tempo, convivência,...
Há medida que nos formos conhecendo uns aos outros, a Jesus e ao Seu Pai, vamos dar-vos mais notícias, porque tudo o que não partilhamos faz com que fiquemos mais pobres.
celebrar aqui... ao entardecer
quaresma 2014 - caminhada de oração
semanário do 1.º volume (2013/2014)