Bom Dia, meu Sol!
ou...
Bom Dia, meu Yeshu! (como te chamavam os primeiros que andaram contigo)
Está quase a chegar aquela semana especialíssima, a Maior Semana de todo o Ano, e já estou aqui a contar os dias que faltam para a vivermos todos, de alguma maneira, “em família”. Uma família daquelas que não está ligada pelo mesmo sangue mas pela mesma seiva do teu Espírito... todos juntos somos como uma árvore, ou como uma videira, onde a seiva que corre nas veias de todos é a Vitalidade sempre nova do teu Espírito Amante e Humanizante... Espírito Santo... Ruah do Abba.
Hoje chamo-te também Tecelão, meu Yeshu... por causa dessas veias que precisam de ser tecidas entre nós, para que o Espírito passe e repouse entre nós como repousa sempre em ti.
Hoje chamo-te Tecelão porque queremos precisar da tua fina habilidade de tecer entre nós canais, pontes, portas, janelas, caminhos que nos ajudem a ter olhos, sorrisos, mãos e braços abraçados de irmãos...
És O Tecelão,
como quem dizia, nos primeiros Tempos deste Tempo Novo:
És O Mediador - O Sumo Sacerdote... através de quem temos a certeza absoluta de nos tornarmos todos irmãos, com um Pai comum... o teu Abba. Esse Deus rebelde, incapaz de se estabelecer quieto e sossegado dentro de um Templo ou de uma Igreja qualquer, inocuamente à espera de bonitos rituais ou jejuns sem sentido familiar, onde não se fale linguagem familiar, onde não se faça festa com cânticos felizes...
És O Tecelão que eu quero na minha vida
És O Tecelão que eu quero na vida de todos os que me rodeiam, com pontos mais próximos ou mais longos de mim... só quero ter a certeza de que um Dia estaremos todos ligados por ti.
E quais são os Sinais que estás presente, Yeshu, entre nós, a tecer-nos?
- aquela bacia de água, o serviço que todos devemos uns aos outros
- aquela única mesa (nunca mais altar de sacrifícios). Uma única mesa larga e espaçosa o suficiente para que Todos tenham aí lugar
- aquele único pão que é rasgado, que és tu, que sou eu, que é o meu irmão que se dá, se parte e se reparte, a dar-se e entregar-se a todos e por todos. Um pão que mata as fomes que temos neste tempo ainda cheio de dias.
- aquele único copo de vinho, o que nos alegra na festa da Vida que é preciso começar e recomeçar sempre... uma alegria que é como o sangue, a seiva que corre dançante por entre os canais tecidos por ti, meu Yeshu, Tecelão, quem eu fiz meu Senhor e meu Dono.
Susana Braguês
celebrar aqui... ao entardecer
quaresma 2014 - caminhada de oração
semanário do 1.º volume (2013/2014)