ESTAÇÃO V – Jesus é ajudado pelo Cireneu a carregar a cruz
Pelo olhar de Simão (posteriormente se tornou um discípulo):
Este fez a cama em que se vai deitar e eu tenho de ajudá-lo? Este teve a ousadia de sair da linha e agora queixa-se e eu tenho de carregar a sua cruz? Mas que raio? Eu que levo a minha vidinha certinha, numa boa tenho de levar com isto? Porque não há-de ser outro que não faz nada da vida que tem de redimir os seus pecados a ajudar este aqui?
E ele calado! Nem sequer agradece... Parece até que é ele a ajudar-me a carregar a minha cruz. Parece que é ele a emprestar-me a sua força!
(E não será?)
Já não me bastam os problemas com os meus ainda levo com os dos outros.
(E será que cuidas bem dos problemas dos teus? Os assumes como teus também, porque é dos teus que vem a verdadeira fonte da tua felicidade?)
ESTAÇÃO VI – Verónica enxuga o rosto de Jesus
Jesus, durante a tua Vida enxugaste as lágrimas, escutaste as mágoas e espantaste os fantasmas que existiam na Vida de muitas pessoas… Talvez se não tivéssemos dado ouvidos às tuas palavras, não terias despertado tanto ódio naqueles que hoje te condenam…
Mas como não poderíamos nós seguir-te? A tua linguagem próxima e ao mesmo tempo tão diferente de tudo aquilo que tínhamos ouvido até agora, parecia mesmo vindo de alguém que não vive só neste mundo, parecia mesmo vindo do nosso Deus… mas agora já não sei o que pensar…És bom e puro e o facto de talvez não seres o Messias, não muda isso. Nem é motivo para te imporem todo este sofrimento! Oh, Jesus, como eu gostava de fazer mais do que enxugar o teu rosto…
celebrar aqui... ao entardecer
quaresma 2014 - caminhada de oração
semanário do 1.º volume (2013/2014)