
Há vezes em que até fazemos o esforço por começar um novo caminho.
Vezes há em que acabamos por dar uma volta de 360 graus na nossa vida. Isto é, voltamos ao mesmo ponto de partida.
Alguém me disse um dia que este retorno ao início é sempre preferível à paralisia que se instala em nós por entre os dias. Ao conformismo que nos corta as asas.
Uma volta é sempre mais que à “estaca zero” e a minha volta é sempre o meu caminho. Mesmo que eu o tenha terminado no preciso ponto em que o comecei, no entanto, arrisquei atalhos e confiei. Bati com a cabeça nos becos sem saída e cresci. Analisei propostas de mudança e aceitei. Perdi a vista em trilhos de horizontes desafogados e prometi-me. Entretanto, sofri e amei. De vez em quando fiz sofrer. Fui amada.
Testei-me. Experimentei-me. Descobri-me.
Aprendi-me.
E depois vem o discernimento. E a aceitação sincera do que tenho que mudar em mim. Aceitação penosa e por vezes demorada. É aquele confronto desagradável com a imperfeição. O espelho estilhaçado. A face desmascarada. Nua e Realmente Imperfeita.
E depois? Ah! Depois vem esse desejo incontido, reforçado e indomável de fazer da minha vida um círculo mais perfeito.
(Um circulo perfeitamente conciliado com Cristo Jesus.)
Pode ainda dar-se o caso de percebermos, pelo caminho, em torno de que centro gira à nossa volta. Algumas vezes o problema está no centro. Em torno do quê, gira a minha vida?
Vezes e dias há em que sinto que giro em torno de barro ao invés de girar em torno do ferro.
Vezes e dias há em que sinto que o barro do meu centro é demasiado moldável à minha falta de predisposição para o bem e demasiado ajustável ao comodismo limitativo e infrutífero da minha vida.
Às vezes falta-me a segurança e a firmeza do que é feito de ferro.
Falta-me muitas vezes uma Consciência Cristã.