Bom Deus:
Há momentos e experiências na vida que são tão, mas tão ricos, mesmo quando são curtos!
Hoje, mais uma vez, fizeste-me experimentar isso mesmo. Parando um pouco, (re)descobri-Te como Alguém que, permanentemente, me “expulsa” da minha vidinha pacata, conhecida e mediana.
Sabes, quando Me pregas dessas partidas, aquilo que me ocorre é sempre: “Porquê isto agora? Estava tão bem no morninho acolhedor da minha vidinha!”
Tenho a certeza de que, nesses momentos, Tu sorris com aquele Teu risinho maroto e me perguntas (e eu finjo não ouvir): “Alguma vez te deixei ficar mal? Ora conta-Me só uma altura em que te disse para te pores a caminho e Eu não fui contigo.”
Quando deixo que verdadeiramente me interpeles, ou seja, quando admito que ponhas em causa as minhas certezas e as minhas “seguranças”, não posso deixar de Te dizer: “Pronto, pronto, tens razão. Não me lembro de um só momento em que não tenhas estado ao meu lado e do meu lado.” Sim, porque a verdade é esta: nunca me deixas e nunca queres de mim nada que não esteja ao meu, desculpa, ao nosso alcance.
Outra coisa que saboreio sempre com uma alegria imensa e difícil de conter é o facto de me amares não por aquilo que eu poderia ser, não por aquilo que gostaria de ser, mas por eu ser eu. Muitas vezes, não percebo bem onde é que Tu foste buscar motivos para me amar. A sério, não percebo mesmo. Pergunto-Te, como Tu tão bem sabes, muitas e muitas vezes: “Mas, afinal, porque me amas?” Tu, como sempre, sorris. E lá fico eu com as minhas perguntas, a que Tu nunca dás respostas do género 2+2 são 4. Aliás, Tu não gostas nada de dar respostas. Preferes sempre fazer perguntas em cima das minhas perguntas, ou, simplesmente, pedires-me que me ponha a caminho.
Resisto, resisto sempre. A pergunta que Te faço também não muda: “A caminho para onde, posso saber?” No fim, perante o Teu sorriso, o meu coração lá Te cede. Se Tu não vais desistir, não me vale a pena resistir mais. No fundo, no fundo, gosto de Te dar luta, para confirmar que o Teu Amor continua a desarmar-me. E lá vou eu a cantarolar: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir…”
Tudo isto seria suficientemente bonito para me pôr com um sorriso que, desconfio, tem muito a ver com o Teu. Só que isto não é tudo. Estas perguntas, estes sorrisos, estas meiguices, este Teu jeitinho de Te pores a caminho com, esta meiguice toda, tudo isto não é só para mim. É para toda a “menina dos Teus olhos”, para toda a Humanidade. Esta não é a forma como Tu actuas hoje, é a forma como Tu sempre actuaste. Tenho a dizer-Te que, mais do que qualquer coisa, esta Tua Universalidade me fascina.
Portanto, hoje, aqui estou eu para Te dizer que Te amo muito e que Te agradeço por cada passo do Caminho que já percorremos.
Não Te importas se a última frase do texto não for para Ti, pois não? Bem sei que não, por isso, deixa-me dedicá-la a outras pessoas.
A todos aqueles que me ajudam a descobrir a beleza de Deus e a beleza do Homem, o meu muito obrigada, com muito, muito Amor.
Só vi o teu post depois de publicar o meu.
Pois, é realmente fantástico saber que Ele caminha connosco, que não exige nada de especial de nós, a não ser que sejamos NÓS, Ele ama-nos assim, Ele estabelece a relação de Aliança connosco assim.
Obrigada pela tua partilha e obrigada pela tua mediação, gosto muito de ti (:
Sim! Estamos a caminho e é Verdade que Deus percorre esse caminho connosco, como um parceiro, um compaheiro de viagem! =)
Deus e o Homem andam de mãos dadas...cada um depende do outro, sendo livres e responsáveis como numa relação tão próxima como é a de um casal apaixonado.
É óptimo perceber que nesta História, Deus Ama-nos porque sim! Porque o sente e não é algo mensurável para ser medido ou explicado! É uma necessidade, algo que não poderia ser de outra forma!
És realmente eterna novidade...todos os dias nos Dás a conhecer algo de novo! Basta parar um pouco e estar atentos, que a nossa Fé é renovada e fortificada!
Obrigada!
De Nuno Miguel a 23 de Novembro de 2008 às 23:51
Mais um relato fidedigno do que realmente representa a nossa vivência em comunhão com Deus.
Há quem diga que a vida nos põe desafios que sabe que nós podemos resolver. No fundo, e centrando um pouco a perspectiva, Deus ao nos dar desafios tão inultrapassáveis à primeira vista acaba é por nos dar um grande voto de confiança. Honra-nos com a demonstração de que, com Ele, podemos seguir um caminho, mais ou menos sinuoso, mas um caminho em que nos desafiamos, entregamos, partilhamos, inovamos mas acima de tudo amamos.
No fundo uma vida com fé e com Ele ao nosso lado, é uma vida de superação, de esperança, de crença, não só n'Ele mas em nós mesmos e em tudo aquilo que as
potencialidades concentradas no nosso coração podem fazer.
Obrigado, mais uma vez, pela mensagem: “Porque há coisas que sabem melhor quando as partilhamos...”
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