Como sabemos, Afonso, antes de ser padre, foi advogado.
Sabem que tinha um papel com o que considerava serem os deveres do advogado e que levava consigo para os tribunais?
Franscesco Chiovaro, no livro "S. Afonso - Um Nobre feito pobre para os pobres", conta-nos que dizia assim:
"1. Não precisa de aceitar causas injustas, porque são perniciosas para a consciência e para a dignidade.
2. Não se deve defender uma causa com meios ilícitos e injustos.
3. Não se deve agravar o cliente com despesas indevidas (não necessárias), caso contrário o advogado tem obrigação de restituir.
4. As causas dos clientes devem ser tratadas com todo o empenho, como se se tratasse de causas próprias.
5. É necessário o estudo dos processos a fim de deduzir os argumentos válidos à defesa da causa.
6. O adiamento e a negligência dos advogados muitas vezes prejudica os clientes, e por isso se devem reparar os danos, caso contrário peca-se contra a justiça.
7. O advogado deve implorar de Deus a ajuda necessária à defesa, pois Deus é o primeiro defensor da justiça.
8. Não é de louvar um advogado que aceita muitas causas superiores à sua capacidade, às suas forças e ao seu tempo, que muitas vezes lhe faltará para preparar devidamente a defesa.
9. Para os advogados católicos, a justiça e a honestidade devem andar sempre juntas, ou melhor, devem ser guardadas como a pupila dos olhos.
10. Um advogado que perde uma causa por negligência fica na obrigação de reparar todos os danos causados ao seu cliente.
11. Ao defender as causas é preciso ser verdadeiro, sincero, respeitador e bem fundamentado.
12. Finalmente, as qualidades de um advogado são: a ciência, a diligência, a verdade, a fidelidade e a justiça."
A mim, ao ler isto, surge-me uma pergunta: como cristãos, de que modo sentimos que, em tudo na vida, devemos ter a marca de Cristo, o seu jeito?
Procuro quem esteja disposto a pôr o eco que eu provoco no seu Coração acima das contas de cabeça e das equações do mundo.
Procuro quem não tenha medo de ter medo.
Procuro quem queira aprender comigo a linguagem profética: Sim, quando é Sim; Não, quando é Não... Procuro quem queira fazer da sua própria Vida a história desta profecia feita carne, um "Sim" em forma de gente, um "Não" que se veja.
Procuro quem tenha a ousadia de deixar a pele pelo caminho na busca de motivos eternos para viver os dias que aí vêm...
Procuro quem já tenha percebido que se vive apenas uma vez e que é costume perder-se tempo demais a calcular a vida como se o correr dos dias não terminasse nunca e fosse possível andar para sempre a medir, a treinar, a experimentar, a adiar...
Procuro quem sorria com a ideia de vir a tornar-se um "Fora-da-Lei" diante de umas quantas que ainda circulam diante dos olhos e no íntimo do Coração das pessoas... Quem sorria com a ideia e ao mesmo tempo sinta um friozinho no estômago, porque se apercebe que eu falo mesmo a sério...
Procuro quem tenha a coragem de pôr de lado algumas regras de sensatez e mecanismos interiores de mediania com que se vai alapando às falsas seguranças de uns dias sempre "assim-assim" e uns projectos que nunca vão além dos limites da própria imaginação, das próprias capacidades e do próprio esforço...
Procuro loucos! Pronto, já disse o que estava a segurar há um bom bocado... Procuro loucos! Quem feche os olhos e se decida a confiar em mim. Esses...
Procuro gente que na juventude do seu Coração reencontre a rebeldia de não se deixar moldar ou domesticar por esquemas de carreirismo que os importantóides do mundo querem fazer crer que são fonte de felicidade ou realização pessoal...
Procuro aqueles que esteja dispostos a aprender comigo o que é o Reino de Deus, as tantas maneiras como ele está a acontecer nas tramas do mundo, e o que é o Anti-Reino, bem como as tantas maneiras que ele tem de se infiltrar nas relações entre as pessoas e no lugar íntimo em que elas sonham, de modo a controlá-las e menorizá-las...
Procuro quem assuma comigo a tarefa da Consolação e da Libertação, quem queira ajudar pessoas a serem Felizes, comportando-se como leva consigo uma Boa Notícia que diz respeito a muita gente, a toda a gente e, de maneira especial, diz respeito àqueles que quase nunca têm boas notícias...
Procuro quem já tenha percebido que não é possível ser Feliz portando-se bem o tempo todo! É preciso ousar, inventar, saltar e cair...
Procuro quem goste de mim de tal modo que comece a tornar-se parecido comigo, a apanhar-me o jeito de olhar e dizer as coisas, como que o "sotaque da Vida"... Sim, que os gestos e as atitudes também têm um "sotaque", não apenas as palavras...
Procuro quem já tenha metido a cabeça alguma vez do lado de dentro da Vida e tenha espreitado onde fica o lugar das coisas eternas... quem goste de beleza, de arte, da poesia da natureza e da musica do tempo que passa... Procuro gente com o Coração no sítio certo!
Procuro gente que goste de crianças, que goste de festa, que goste de comer e beber, que seja simples e verdadeiro de modo a criar em torno de si um espaço de acolhimento para aqueles que sofrem ou choram em silêncio, para os marginalizados ou encurvados sob o peso do preconceito, do juízo ou dos falhanços da sua história...
Procuro quem não queira ser importante para os importantes, mas importante para os amigos de Coração simples e sem grandes contas no banco.
Procuro quem queira viver e morrer na máxima fidelidade ao Projecto Salvador de Deus que coincide com o Ser Humano livre, realizado, de pé, curado do pecado e renascido.
Procuro quem queira, comigo, arriscar-se a pagar o preço desta fidelidade fora dos muros "santos" de todas as Jerusaléns que em nome de Deus condenam os profetas de todos os tempos, porque é fora dos muros "santos" que estão aqueles que se sentem expulsos pelas normas e comportamentos das "santidades" que lá habitam e legislam em nome de um "deus" qualquer que, de tão parecido com eles, se percebe logo que não tem tamanho de Deus!
Procuro quem ainda não tenha deixado de procurar-se a si próprio, inteiro, novo, como um projecto pessoal de possibilidades infinitas... possibilidades infinitas...
Procuro quem, apesar de sentir que ainda não tem cabedal para isto tudo, se decida a confiar em mim e a arriscar mesmo assim. Simplesmente porque sou EU que o digo...
Jesus filho de José, de Nazaré
Há pessoas especiais, que nos tocam de formas especiais..
Como dizia a Rute "já tinha saudades de OUVIR o Pe. Santos!".
Aqui fica a partilha de um dos muitos tesouros do nosso querido Pe. Santos ..
“Era uma comunidade cristã amadurecida... Os seus membros tomavam Deus e os irmãos a sério. Conviver nesta comunidade significava ter a sorte de encontrar pessoas livres, conscientes e responsáveis. Tinham uma forte consciência da sua pertença comunitária. Por isso cultivavam a fraternidade entre si. Todos sabiam que o fundamental é eleger o outro como alvo de bem-querer.
Entendiam muito bem que o amor é o caminho do amadurecimento e felicidade humana. Ninguém ignorava que o amor não se confunde com paixão ou simples emoção. Amar é eleger o outro como alvo de bem-querer, aceitá-lo e valorizá-lo, apesar de ser diferente de mim ou do que eu gostaria que fosse. Além disso, o amor implica agir de modo a facilitar a realização e felicidade do outro.
Naquela comunidade, as pessoas sentem-se responsáveis pelas próprias tarefas, procurando agir de modo a edificar a comunidade. Todos são iguais, apesar da diversidade de carismas, ministérios e capacidades. Todos se sentem estimados e valorizados naquilo que fazem. Por isso não há pessoas desenquadradas ou marginalizadas. Este facto faz que cada qual procure render o melhor dos seus talentos. Naquela comunidade não há parasitismo, mediocridade ou fraude.
As pessoas sorriem alegres, pois têm sentidos para viver. Como todos são tomados a sério, O contributo de cada um é estimado por todos. Naquela comunidade não há cobardes nem heróis. Aquelas pessoas sabem que recebemos os talentos uns dos outros. O nosso mérito está apenas em fazê-los render. Todos têm tarefas para realizar, mesmo os menos dotados ou possibilitados.
As pessoas tomam todas parte no que a todos diz respeito. Ninguém se sente excluído. As pessoas compreendem que a meta da comunidade é chegar à plena comunhão. Graças ao sentido que aquelas pessoas têm do amor, encontram condições para optar e decidir de acordo com a sua realização e o bem comum da comunidade. Ninguém imagina o bem pessoal como inimigo da comunidade ou vice-versa.
Além do trabalho há espaços de convívio e descanso, a fim de que não falte qualidade às suas vidas. Todos sabem cantar e partilhar a alegria. Aprender, naquela comunidade, não é tarefa aborrecida, pois ninguém pretende ensinar coisas inúteis para a fraternidade e a realização pessoal. As pessoas sentem-se livres para pensar e falar. Todos estão suficientemente amadurecidos para amar.
Há lugar para a originalidade de cada um, pois todos sabem que as pessoas são únicas, originais e irrepetíveis. Todos se olham nos olhos. No seu olhar e no modo de sorrir há transparência e sabor a verdade e lealdade. Quando olham para o jeito de ser e viver naquela comunidade as pessoas percebem que é disto que todos temos fome.
As atitudes das pessoas entre si coincidem com as aspirações mais profundas e autênticas do coração humano. O gesto mais espontâneo entre as pessoas da comunidade é estender a mão e dizer bom dia ou boa noite. Esta comunidade é fruto de muitas decisões, escolhas, opções e compromissos de vida.
Nas celebrações da Fé, a comunidade sente-se o sujeito celebrante. Sabe que a presidência tem um sentido sacramental, pois exprime a presidência de Cristo. Mas na partilha da Palavra todos se sentem livres e motivados para intervir, pois sabem que são mediação do Espírito para os irmãos. Procuram orar segundo o Espírito Santo, a fim de não caírem em meras repetições ou atribuir um efeito mágico a rezas sem conteúdos de vida ou horizontes de Fé teologal.
Apesar de possuírem um elevado nível de maturidade humana e cristã, as pessoas têm consciência de estar em realização. Aquela comunidade é um espaço privilegiado para a acção do Espírito Santo. Em termos cristãos, a comunidade é um espaço de fraternidade e comunhão. As pessoas sentem que os outros são um dom de Deus para si e procuram ser dom para os outros. Não são família segundo os laços do sangue, mas procuram construir a família de Deus, a qual assenta nos laços do Espírito Santo.
Uma comunidade cristã, dinamizada pelo amor fraterno e o Espírito Santo, é um espaço privilegiado para fazer a experiência de Cristo Ressuscitado no seu meio. Depois, torna-se sinal da presença de Deus para o mundo. É isto que significa ser corpo de Cristo, isto é, mediação de encontro das pessoas com Cristo Ressuscitado. As relações, na vida da comunidade, são interpessoais e de amizade.
Existe um objectivo comum para o qual todos procuram convergir. Ninguém se sente mais que os outros, pois são todos membros do corpo de Cristo (1 Cor 12, 13; 10, 17; 12, 27). Todos têm a mesma dignidade fundamental: pessoas humanas, filhos de Deus e irmãos uns dos outros. As diferenças são apenas de tipo funcional, não essencial. De facto, os membros do corpo têm todos a mesma densidade e nível ontológico ou espiritual. É o mesmo princípio de organicidade que circula e alimenta a vida em todos. Cristo é a cepa e todos são ramos alimentados pela única seiva que vem da cepa (Jo 15, 1-7).
O projecto de vida é elaborado e decidido por todos. Não é cristã a comunidade onde as pessoas não são tomadas a sério. A presidência, Na comunidade, tem densidade sacramental: Exprime e significa a presidência de Cristo que é a cabeça do corpo. Na comunidade amadurecida não há homens faz tudo, os quais são um veneno para a vida comunitária. É melhor todos a fazer pouco, que poucos a fazer tudo.
Uma comunidade amadurecida é um espaço privilegiado para a vivência do Baptismo no Espírito que é a dimensão pentecostal da vida cristã. Nesta comunidade o Espírito diz a Palavra no coração das pessoas pela mediação dos irmãos, das escrituras e dos sinais dos tempos. As pessoas que têm a sorte de viver em comunidades amadurecidas crescem enormemente na vida teologal de Fé, Esperança e Caridade, que é o amor ao jeito de Deus.
Cada membro da comunidade sente-se livre para dizer o que pensa; mas, ao mesmo tempo, sente o dever de dar a palavra ao irmão e escutá-lo, pois ninguém é dono da verdade. Uma comunidade amadurecida gera cristãos adultos, isto é, pessoas amadurecidas na vida teologal e, portanto, capazes de ser sal, luz e fermento no mundo. Cristo precisa de cristãos amadurecidos, a fim de transformar o mundo e conduzir a Humanidade para o Reino de Deus.”
“Foi num tempo
em que não havia mar,
nem céu, nem terra,
nem lua, nem marés,
nem rios, nem montanhas…
Aliás, foi num tempo em que nem sequer havia tempo…
Foi num tempo
em que só existia o AMOR,
que nem tem tempo nem lugar,
nem precisou de nascer…
E o AMOR sonhou a VIDA…
E sonhar é arregaçar as mangas…
E o AMOR disse o mar,
cantou o céu e a terra,
segredou a lua e deu-lhe as marés
e sussurrou os rios nos intervalos das montanhas…
E o AMOR sorriu contente.
Mas o AMOR não parou de sonhar…
Um dia, o AMOR chamou o mar:
“Serás o útero materno da fecundidade do meu AMOR,
o ventre generoso que dará à luz o meu Sonho…”
O mar exultou em ondas de alegria
e em espuma de ternura branca…
E o AMOR beijou o mar e o mar sentiu-se mãe…
e do mar nasceu a vida…
A vida saiu do mar,
conquistou o céu e a terra,
conheceu a lua e as marés,
tomou conta dos rios e das montanhas…
E o AMOR sorriu contente.
Mas o AMOR não parou de sonhar…
Um dia, o AMOR chamou a vida:
“Serás à minha imagem e semelhança…”
A vida cantou e deu as mãos,
e deixou-se adormecer no embalo do AMOR…
e o AMOR beijou a vida…
e a vida tornou-se Vida…
A vida já sabia cantar, voar, brincar…
só não sabia o que era amar…
Mas da vida brotou a Vida,
a criação ganhou um coração!
A Vida descobriu a alegria de dizer “Tu”,
a liberdade de dizer “Eu”
e a felicidade de dizer “Nós”…
Aprendeu que ser é amar,
e viver é construir o que não morre…
E o AMOR sorriu contente.
Mas o AMOR não parou de sonhar…
Um dia, o AMOR chamou a Vida:
“Serás da minha Família;
correrá nas tuas veias
o Sangue que corre nas minhas desde que Sou…”
A Vida enterneceu-se,
chorou lágrimas de alegria
e deixou-se fecundar…
E o AMOR beijou a Vida…
e a Vida tornou-se VIDA…
E o AMOR já não sorriu…
O AMOR pulou de contente,
chorou também Ele de alegria
e inaugurou a Festa há tanto prometida,
e dançou com a VIDA há tanto sonhada,
e mandou que em todo o tempo e lugar
houvesse quem anunciasse
que o AMOR já realizou o seu Sonho,
a Festa foi inaugurada
e todos são convidados de honra…
Para que ninguém seja menos do que o AMOR o sonhou…"
Obrigado a todos aqueles que connosco caminharam !
O caminho continua e Deus quer mesmo que concretizemos todos os Sonhos que tem para nós ;)
Na semana passada, estivemos a falar um pouquinho de Jesus que chega, isto, claro, depois de metermos mais umas moedinhas nas .
Já tinhamos dito na semana anterior que é preciso prepararmo-nos para os momentos importantes. Celebrarmos o Natal é um momento importante.
Agora, será que tudo é igualmente importante para celebrarmos o Natal?
Será que o que define o Natal é a dimensão comercial, que simbolizamos para árvore enfeitada, pelo bacalhau, pelos presentes caros e pelo bolo-rei?
Ou será que o que define o Natal é a dimensão de Fé, que simbolizamos por um coração, isto é, pelo Amor, por um menino a ajudar a mãe e pelo próprio Nascimento de Jesus?
Descobrimos que sabe bem comer coisas boas, sabe bem ter a casa enfeitada e sabe bem receber os presentes, mas o mais importante é cada comida posta à mesa, cada enfeite posto em casa e cada presente dado e recebido nos lembre que o essencial é o Amor que Jesus nos dá. Devemos fazer tudo com Amor.
Então, lemos Lc 1, 26-38, que tinha sido o Evangelho do Dia, e também Lc 2, 1-20.
A seguir, foi tempo de simplificar e de, juntos, os meninos do 1.º, do 2.º e do 4.º volumes descobrirem melhor a história.
Foi mais ou menos assim:
"Era uma vez uma jovem mulher chamada Maria, que estava noiva de um homem chamado José. O noivo de Maria era da família de David, o Rei de Israel que nós já conhecemos.
Um dia, Maria recebeu uma notícia muito boa: ia ser mãe. Maria ia ser mãe do filho que Deus prometera a David, daquele que seria o Filho de Deus entre os homens.
Maria, primeiro, ficou admirada, mas depois aceitou o presente que Deus lhe estava a dar.
Quando já estava quase na altura de Jesus nascer, Maria e José tiveram de ir até Belém. O Imperador Romano, a pessoa que mandava na terra de Jesus, queria saber todas as pessoas que lá viviam. Por isso, cada um teve de ir à cidade em que tinha nascido. Como José tinha nascido em Belém, teve de ir até lá.
Por esses dias, como muita gente estava em Belém, não havia lugar nas estalagens, quer dizer nos sítios em que as pessoas se alojavam quando viajavam. Por isso, tiveram que ficar num anexo para animais. Foi aí que Jesus nasceu.
Nasceu entre animais e foi visitado pelos mais simples: os pastores.
Deus cumpriu a Sua promessa!"
Ainda tivemos tempo para montar o presépio no painel da sala. Ficou no ar a ideia de que um presépio feito por nós pode ser um bom presente para oferecermos este Natal a alguém querido.
Para terminar, fizemos oração assim:
Obrigada, Bom Deus, porque hoje me contaste:
Antes de mais, espero que tenham sentido saudades do Semanário do 1.º volume. ;)
A semana passada andei sempre a correr e só hoje me foi possível vir aqui contar as boas notícias da catequese de dia 1. Assim, esta semana, levarão com as notícias do 1.º volume em dose dupla.
Neste tempo de Advento e Natal, o 1.º e 4.º volume estão juntos. Temos uma caminhada a fazer.
Primeiro, percebemos que para os acontecimentos importantes preparamo-nos com tempo. Um aniversário tem um tempo de preparação. Um casamento tem um tempo maior. E se for o nascimento do Filho de Deus? Tem de ser preparado com todo o tempo e cuidado!
Foi isso que Deus fez. Por isso, começamos bem lá atrás, com um senhor chamado David.
Inspiramo-nos em três leituras: 1 Samuel 16, 4-13; 2 Samuel 5, 4-5 e 2 Samuel 7, 2-16.
Os meninos do 4.º volume, que estão a descobrir a Bíblia passo-a-passo, procuraram e leram as duas últimas leituras.
Depois, foi tempo de simplicar. A história foi contada assim:
"
Era uma vez uma vez Samuel, que era um Profeta de Deus. Quer dizer, era uma vez um senhor chamado Samuel, que conseguia perceber bem no seu coração o que queria Deus e contar aos outros a Sua Vontade.
Um dia, Deus disse-lhe para ir a casa de Jessé, para lá ungir um novo Rei. Ungir é deitar óleo sobre alguém, para lhe dizer Deus tem uma missão importante para ele.
Samuel foi então a casa de Jessé. Quando viu o seu filho mais velho, pensou que tinha de ser aquele. Afinal, era alto e forte. Deus, no entanto, disse-lhe que não era aquele. Depois, Jessé apresentou a Samuel outros filhos, mas Deus ia sempre alertando Samuel que nenhum deles era o escolhido.
Por fim, Samuel quis saber se já não havia mais nenhum e ficou a saber que faltava o mais novo, que estava com as ovelhas, porque era o seu pastor. Samuel mandou-o chamar e ungiu-o. A partir daquele dia, o Espírito de Deus ficou com David, assim se chamava o jovem eleito de Deus.
Passaram anos e muitas coisas aconteceram, até que um dia, David se tornou Rei de Israel e Judá.
David tinha uma casa bonita e queria que Deus também tivesse uma assim. Por isso, falou com Natã, que era Profeta de Deus, para lhe perguntar se Deus gostaria que lhe fizesse uma casa.
Natã disse-lhe para fazer o que o seu coração pedia, mas Deus falou a Natã para o avisar que David não lhe devia fazer uma casa. Depois, Deus fez uma promessa a David de que Deus mesmo prepararia um lugar para o Seu Povo e que um dos descendentes de David seria para Deus como um Filho.
Muitos, muitos anos depois, veio mesmo um descendente de David que era um Filho mesmo com o jeito de Deus. O Seu nome era Jesus, mas isso fica para a próxima história, porque, hoje, ainda temos de preparar a casa que o vai receber na próxima semana."
Porque um bocadinho da história de Jesus já estava a ser preparada, pusemos na parede a imagem do estábulo em que Ele viria a nascer muitos anos depois. Assim como quem deixa a história incompleta, à espera do próximo capítulo.
Por fim, foi tempo de agradecermos a Deus porque aquilo que nos contou.
Saiu mais ou menos assim:
- Obrigado, Bom Deus, porque, hoje, nos contaste que queres ser da nossa família.
- Obrigado, Bom Deus, porque, hoje, nos contaste que para ti não interessam mais os mais fortes, mas aqueles que são mais ao Teu jeito.
- Obrigado, Bom Deus, porque, hoje, nos contaste que queres que sejamos ao Teu jeito, como Jesus.
- Obrigada, Bom Deus, porque, hoje, nos contaste uma história interessante.
No fim e no início, ainda houve tempo para guardar muitas moedinhas pequeninas nos porquinhos, incluindo algumas que o segundo volume nos veio trazer. Foi mais uma maneira de recordarmos que "Os pequeninos também contam".
celebrar aqui... ao entardecer
quaresma 2014 - caminhada de oração
semanário do 1.º volume (2013/2014)