"...quando orares
entra no teu quarto
mais secreto e
fechada a porta
reza a teu Pai..."
(Mt 6,6)
As palavras de Deus
não sao só palavras.
São melodias que
nos fazem dançar
ao ritmo do amor.
Hoje, porque não tinha grupo de catequese (o 10.º volume estava a dar catequese aos mais pequeninos da Comunidade) fui ao grupo de caminhada de adultos.
Estivemos a falar um pouco das atrocidades de que a Humanidade é capaz, da forma como pode negar-se como obra amorosa de Deus, como pode viver de uma forma tão antagónica às Bem-aventuranças.
É verdade: somos capazes do pior, do inimaginável!
Porém, também conseguimos ser capazes do melhor, de sermos verdadeiramente rosto de Deus.
De manhã, tive (aquele ter de quem não consegue calar o que lhe diz algo) de partilhar com o Carlos, a Susana e a Olga o texto abaixo, que me tocou esta semana. Já tinha vontade de o partilhar aqui e sinto mesmo que tenho de o fazer.
Para quem não o saiba, a descoberta da Casa Jovem foi importante para mim, há cerca de um ano. Esteve até, de algum modo, na génese do Dividir para Multiplicar, porque, através da venda de pulseiras com orações (Pai Nosso, Avé Maria e Anjo da Guarda) deles, me apercebi que havia coisas simples que eu podia fazer e podiam ser úteis.
Esta é a semana das vocações. Recuso-me a vê-la como semana meramente de vocação para padres ou freiras. Esta e todas as semanas são boas para descobrirmos a nossa vocação, aquilo em que podemos ajudar Deus a completar a Sua Criação.
Que tal fazermos desta semana uma descoberta daquilo que nós, cada um de nós, pode fazer para ser ao jeito de Jesus? Que tal fazermos desta semana uma semana de descoberta de quem somos e do que somos capazes? Que tal fazermos desta semana uma semana de consagração dos nossos dias, da nossa Vida, ao Serviço? Que tal fazermos da nossa Vida uma permanente descoberta daquilo que de bom temos para oferecer a Deus, das fraquezas que ainda levamos dentro e Ele pode moldar, das oportunidades que Ele nos dá de O servirmos (aquelas em que é evidente que é Ele que nos chama, ainda que Ele não seja evidente) e das ameaças a sermos que podem andar disfarçadas?
Não acredito que Deus que nos pede impossíveis, mas acredito Deus realiza impossíveis em nós.
Às vezes, através de algo tão simples como alguém que pede lápis de hóteis...
"Ninguém me contou. Eu estava lá. Foi há três anos, durante uma viagem de lazer. Calhei num daqueles grupos, organizados para as visitas guiadas a monumentos. A Irene andava de banco em banco, no autocarro, a falar com as pessoas: se não se importarem, por favor, tragam-me os lápis do vosso quarto de hotel, sim? Num ápice fiz o filme. Todo distorcido, mas fiz o filme. Faz coleção de lápis, pensei. E, logo a seguir, que não.
Não fazia sentido, ter tantos lápis repetidos, como se fossem cromos para trocar. E no minuto seguinte, a Irene explicou: são para as minhas crianças. Elas comem lápis, sublinhou com um sorriso terno. Afiam-nos até ao tutano. Desenham imenso, fazem os trabalhos de casa e, muitas vezes, não temos dinheiro para comprar material escolar.
Um dia, se tiverem tempo, passem por lá, pela nossa Casa. Visitem-nos. Estamos na Rua dos Caldeireiros, no Porto. E um dia, passei por lá, pela Casa Jovem. Quatro pisos cheios de futuro, sonoro e colorido. Mas incerto e comprometido, em muitas vertentes, que deviam ser garantidas.
Atraídas pela história dos lápis, outras pessoas dessa mesma viagem, também passaram e ficaram. Como voluntários. Hoje são 25. Uns dão explicações, outros ensinam inglês, matemática, o que estiver de acordo com as necessidades de um centro de atividades de tempos livres. Porque há um mundo de coisas por fazer e para fazer por aquelas crianças.
A Casa Jovem é uma estrutura gerida pelo Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da Vitória (CSPNSV), a três passos da Torre dos Clérigos. Muito fácil de encontrar. Acolhe 70 crianças, 30 não têm qualquer apoio económico. Nenhum. Nem público, nem estatal. E enquanto não há outra solução, é preciso agir.
São crianças com idades entre os 6 e os 10 anos que se não estivessem ali, estariam na rua. Depois da escola, não teriam para onde ir, nem com quem ficar. A freguesia da Vitória é formada, na sua maioria, por uma população pobre, excluída, com comportamentos desviantes, sem família constituída e idosa. 70% das crianças que frequentam o CSPNSV não têm família estruturada e/ou são filhos de mães adolescentes e mães solteiras.
Deixá-las sem uma resposta, estava fora de causa. Seria um crime social, como ouvi dizer ao Padre Jardim Moreira, homem habituado a estar onde mais precisam dele.
Foi com o intuito de poder manter o seu acolhimento que foi criado, há três anos, o projeto "Um padrinho, um amigo" que visa tão só encontrar pessoas e/ou empresas que possam comprometer-se a dar entre 10 e 50 euros mensais. Para comprar materiais escolares e não só. No momento, por exemplo, há muitos lápis, mas falta papel. Até pode ser de rascunho, diz a Irene. E diz também, agora, com a voz brilhante como berlindes, que já têm um parque infantil.
Há muito pouco tempo, não tinham uma estrutura lúdica, com escorrega, baloiços e balancés. Bens essenciais a qualquer criança. Bem sei que como estas, outras crianças por este país fora, por este mundo adentro precisam de quem as apoie, de quem as acolha, de quem lhes dê lápis, papel, baloiços, colo, beijos, abraços e outros mimos.
Bem sei que, felizmente, como esta, há por aí outras Irenes que nem a milhares e milhares de quilómetros de Casa, pousam as asas com que trabalham diariamente. Mas a tendência, pelo menos a minha, é falar do que sei, do que conheço. E, talvez, este projeto, tão simples, escondido no coração do centro histórico da Invicta, possa inspirar outras iniciativas similares, onde a sociedade civil tenha o papel principal. E, se falarem com a Irene e com a sua equipa, seguramente, saem mais confiantes e reconciliados com as adversidades do dia-a-dia.
Por mim, fiquei com a noção clara de que não precisamos ir longe para ajudar. Na nossa terra, no nosso bairro, na porta ao lado, podemos ser úteis. Se quisermos. Bem sei que não é tão romântico como ir para muito, muito longe. Mas é muito realista e necessário.
O certo é que não é preciso transpor fronteiras para ajudar. Basta transpor a soleira da nossa porta. E está encontrada a missão. Nem que seja a missão daquele dia.Baixar os braços, deixar de acreditar ou de pedir papel para pintar sonhos é que está, em bom rigor, fora de causa."
Ler mais: http://visao.sapo.pt/e-ajudar-aqui-tao-perto=f659679#ixzz1smvNNHAJ
Perguntaram-me, há alguns dias, se o Retiro do 10.º volume foi como o imaginei.
Respondi que tinha sido muito especial, com um ritmo próprio, mas fiquei a magicar naquela pergunta.
Na verdade, houve muitas voltas trocadas:
Portanto, enquanto plano, não se pode dizer que tenha sido seguido à risca, MAS:
Então, foi ou não como o sonhei?
Foi como o sonhei ao longo dos anos, mas não como o planeámos na semana anterior.
E, no último sábado, vi-o acontecer! Eu vi, eu estava lá e vi!
Vi Jesus chamar cada um pelo nome (a mim também)! Vi rostos de quem viu Jesus!
Por isso, dou graças a Deus pelo privilégio dos últimos 9 anos de caminhada.
Também não posso deixar de agradecer à Susaninha, por todos estes anos a aturar-me e a crescermos juntas, e aos "meus meninos". André, Catarina, Filipa, Ju, Melissa, Rui e Tiago, gosto muito de vós e sois muito especiais na minha caminhada.
Um muito obrigada ao Icas, por nos aturar, na preparação e ao longo do dia. Acima de tudo, por trazer o seu jeito especial, as suas perguntas acutilantes, a sua simplicidade, para dentro no nosso dia e das nossas vidas. És especial para nós!
Mariana, Rita e Bea, sem vós, o nosso dia tinha sido mais pobre. Cada uma ao seu jeito nos veio fazer sentir mais parte do Projecto que Deus tem para nós.
Obrigada também a todos aqueles que, no final do dia, se vieram juntar a nós. Recordar-nos, com a sua presença, que somos mesmo feitos de muita gente e que não estamos sozinhos. Às vezes, até podemos perguntar "Será que Deus se vai lembrar de me ajudar? Será que sim?", só que, depois, olhamos à volta e vemos tantos rostos de gente que nos diz muito e percebemos que Deus já nos está a ajudar, porque temos uma vida cheia de mediações.
Obrigada ainda a todos os restantes, que não tendo estado fisicamente connosco, fazem parte do que somos.
Não podemos ver Deus excepto nos sinais que nos vai dando e, em especial, na Humanidade, que está talhada para amar ao Seu jeito, embora ainda esteja em treinos.
Não tive oportunidade de vir aqui antes, mas não queria deixar de partilhar a acção de graças do último Domingo, que dizia assim:
Bom Deus, tantas coisas para te dar graças!
Primeiro, agradecer-Te por Jesus, que mantém as marcar da cruz, como símbolo de que não faz parte dos poderes do mundo, mas das vítimas desses mesmos poderes. Por isso, está permanentemente a curar as nossas feridas.
Agradecemos-Te também porque, permanentemente, nos leva até Ti, nos faz ver-Te na Natureza, nas coisas simples do nosso dia-a-dia, na caminhada de Fé que fazemos e nos mais vulneráveis.
Só é possível reconhecer Jesus a partir da nossa história, do caminho que trilhamos com Ele. Os primeiros discípulos fizeram esse caminho fisicamente com Ele. Nós fazemo-lo através de tantas mediações, tantas e tão belas!
E quem O vê vê-Te.
Graças, Bom Deus, por ontem, por ter podidio sentir mais uma vez que me chamas pelo nome, Te mostras a mim e me envias a outros Teus filhos.
O melhor de tudo? É que não o fazes a mim, mas a todos.
Obrigada por Ti.
ESTAÇÃO XIII – Jesus é descido da cruz
Façamos também nós silêncio.
Deixemos o nosso coração questionar-se...
Será isto o fim? Ou será o início?
Agora que temos o corpo do nosso Mestre nas mãos, que vamos fazer? No silêncio do meu coração ouço uma voz dizer “Toma! É a minha Vida! Tenho a certeza que não a vais guardar só para ti.”
E será que valerá isto a pena? Será que tudo que vivemos com aquele a quem chamamos de Mestre não foi uma perda de tempo?!
Ou será que está na hora de deitar os pés ao caminho e continuar... Fazer a parte que ninguem poderá fazer por mim?
Bom Deus, ajuda-nos a ter forças para continuar a Missão do nosso Mestre, porque só assim vale a pena Viver.
ESTAÇÃO XIV – Jesus é sepultado
Colocaram Jesus no sepulcro.
Uma pedra grande separa-nos do nosso Mestre, daquele no qual dissemos acreditar e que seguimos até aqui. Mas será só esta pedra que nos separa de Jesus? Ou passamos a Vida a colocar pedras e mais pedras na relação que formamos com o Mestre? Deixaremos nós que alguma pedra separe o que o Amor sempre tentou unir?
ESTAÇÃO XI – Jesus é pregado na cruz
Pregaram-te na cruz, mas, apesar de todo o sofrimento, ainda confias nos que estão ao teu lado. Nunca foste de te preocupar só contigo, com a tua vidinha, mesmo quando todos à tua volta o faziam.
Por isso, ainda agora, consegues arranjar forças para dizeres ao “bom ladrão” que ficou ao teu lado que não te vais esquecer dele e que lhe vais abrir as portas da casa do nosso Abba. Continuas a dar crédito e a não acreditar em rótulos de malfeitores.
Será que também posso aprender a olhar assim?
ESTAÇÃO XII – Jesus morre na cruz
“E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena.
Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo 19, 25-27)
Jesus, tu que nunca desististe de ninguém, tiveste também quem não desistisse de ti até ao fim.
Será que eu ainda vou a tempo de não desistir do Caminho que a tua vida criou para mim? Apesar das minhas fraquezas, será que posso fazer o que tu fizeste da tua até ao último suspiro?
Será que posso continuar a criar laços de familiaridade entre os que amas?
ESTAÇÃO IX – Jesus cai pela terceira vez
Terceira vez, Jesus, é a terceira vez que cais…
Não consigo ver-te aí no chão, não a ti, que nos levantaste tantas vezes das nossas quedas, que nos seguraste tantas vezes pela mão, que nos libertaste de sermos Anäwin, sim, de sermos pessoas dobradas pelo peso do nosso pecado, das leis injustas ou do pessimismo…
Agora, Jesus, tu vais levar a cruz até ao fim, não te vais deixar ficar aí…Que força é essa que levas em ti?
E nós, Jesus, será que ainda vamos conseguir seguir em frente? Será que vamos encontrar razões válidas para viver e para morrer, sem termos por perto a tua voz, a chamar-nos a ir mais além? Será que aguentamos o peso das pequenas cruzes, nada comparadas com a Tua?
Onde nos firmaremos?
ESTAÇÃO X – Jesus é despojado das suas vestes
Pensam que te põem a nu, mas não. Estiveste toda a vida nu, naquela nudez de dentro, naquela nudez de quem não se esconde, naquela nudez do nosso pai Adão, antes de querer mostrar-se e esconder-se conforme desse mais jeito…
Passaste a vida a romper os véus com que te cobriam. Passaste a vida a romper os véus com que cobriam o Rosto do Deus Pai em que crês. Passaste a vida a rasgar os véus que separavam cada um de ver o melhor de si mesmo.
Como podem achar que te estão a pôr nu?
Quem vai agora pôr a nu as nossas feridas, obrigar-nos a olhá-las de frente? Quem vai ajudar-nos a olhar o outro para lá da sua aparência ou da família em que nasceu? Quem vai ajudar-nos a descobrir Deus a cada dia, desnudando-o das roupagens que Lhe vamos
atribuindo sem pedir? Quem vai ensinar-nos a mostrarmo-nos uns aos outros, numa intimidade construída na confiança de quem se expõe?
ESTAÇÃO VII – Jesus cai pela segunda vez
“Mais uma queda!”
“Basta de tanto sofrimento! Até onde pode ir a crueldade humana?”
“Quero ajudar-te mas tenho medo!”
“Levanta-te e mostra que a força de Deus é superior a tudo”
“Onde terás forças para te voltares a levantar?”
“Se eu pudesse acabar com isto…”
ESTAÇÃO VIII – Jesus fala às mulheres de Jerusalém
“Jesus, voltando-se para as mulheres, disse: Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorai antes por vós mesmas, e pelos vossos filhos.” (Lc 23, 28)
Bem sabemos que não são as nossas lágrimas que farão mudar o rumo da história, mas os nossos olhos não podem ficar indiferentes àquilo que vêm e àquilo que o nosso coração sente.
Podíamos estar também nós e os nossos filhos contigo, como estivemos quando falavas às multidões e quando fizeste acontecer milagres, mas apesar de hoje estarmos perto, não estamos contigo, não temos coragem para fazer mais…por isso choramos…por ti e por nós…
ESTAÇÃO V – Jesus é ajudado pelo Cireneu a carregar a cruz
Pelo olhar de Simão (posteriormente se tornou um discípulo):
Este fez a cama em que se vai deitar e eu tenho de ajudá-lo? Este teve a ousadia de sair da linha e agora queixa-se e eu tenho de carregar a sua cruz? Mas que raio? Eu que levo a minha vidinha certinha, numa boa tenho de levar com isto? Porque não há-de ser outro que não faz nada da vida que tem de redimir os seus pecados a ajudar este aqui?
E ele calado! Nem sequer agradece... Parece até que é ele a ajudar-me a carregar a minha cruz. Parece que é ele a emprestar-me a sua força!
(E não será?)
Já não me bastam os problemas com os meus ainda levo com os dos outros.
(E será que cuidas bem dos problemas dos teus? Os assumes como teus também, porque é dos teus que vem a verdadeira fonte da tua felicidade?)
ESTAÇÃO VI – Verónica enxuga o rosto de Jesus
Jesus, durante a tua Vida enxugaste as lágrimas, escutaste as mágoas e espantaste os fantasmas que existiam na Vida de muitas pessoas… Talvez se não tivéssemos dado ouvidos às tuas palavras, não terias despertado tanto ódio naqueles que hoje te condenam…
Mas como não poderíamos nós seguir-te? A tua linguagem próxima e ao mesmo tempo tão diferente de tudo aquilo que tínhamos ouvido até agora, parecia mesmo vindo de alguém que não vive só neste mundo, parecia mesmo vindo do nosso Deus… mas agora já não sei o que pensar…És bom e puro e o facto de talvez não seres o Messias, não muda isso. Nem é motivo para te imporem todo este sofrimento! Oh, Jesus, como eu gostava de fazer mais do que enxugar o teu rosto…
ESTAÇÃO III – Jesus cai pela primeira vez
Caiu. Acreditei n’Ele até agora, que ia fazer a diferença, que era diferente dos outros, que tinha tudo o que era preciso para ser seguido e afinal vai acabar assim. E agora caiu.
Afinal não é nenhum super-herói, não tem o poder de suportar tudo, de se enquadrar naquilo que eu sonhei como o Messias, como a luz para o meu caminho.
Afinal caiu também. Como um humano. A imagem de Deus aqui na Terra para mim é afinal um mero humano que cai como eu. Era ele que tinha que me levantar a mim e está agora à espera que eu o levante? Raios, ele não vê que quem precisa dele sou eu e não o contrário?
Pois é. Temos os nossos e por vezes achamos que são super-heróis. Que Não caem e estão sempre lá para nós.
Que se vão sempre enquadrar nos nossos parâmetros qual “deuses” ou “máquinas” que não caem, não erram, não falham, são resposta para todos os nossos males.
ESTAÇÃO IV – Jesus encontra a sua mãe
Ok... é um homem normal. Mas então porque seguiu este caminho? Vejam só o desgosto duma mãe a ver o filho assim! Porque não seguiu ele os conselhos e desejos dos seus? Eles só queriam o seu bem. Só queriam a sua felicidade. E sabiam como ele poderia ser feliz. Nós
seguimo-lo porque julgávamos ser o filho de Deus. Porque sempre nos ensinaram que isso era o mais importante. Seguir a Deus, e o seu filho. Que raios passou pela cabeça deste homem para ser assim, prevendo que isto ia acontecer... ele não era burro nenhum... o Que o terá chamado? O que seria mais importante que o chamamento dos seus, de quem lhe queria bem? Tinha gente que o amava e decidiu virar-lhes as costas para abraçar uma vida que o conduziria aqui?!
Durante esta Semana Maior da nossa Fé, partilhamos a Via Sacra deste ano.
Esperamos que seja um Caminho de Encontro com o Mestre.
"Deixa-te pôr em causa.
E se Jesus não fosse o Messias? A tua vida continuaria a fazer sentido? Continuarias a viver do jeito que vives? Achas que vale a pena viver deste jeito? Mudarias alguma coisa no teu jeito de viver?
Os discípulos viveram algumas destas incertezas quando Jesus foi morto na cruz. Em que estariam eles a pensar? Será que alguns dos seus pilares da Fé foram abalados?
Será que pensaram em mudar algumas opções de vida?
Deixa-te ir, tenta colocar-te no lugar deles... Que estariam eles a sentir? Que certezas foram postas em causa? ...
ESTAÇÃO I – Jesus é condenado à morte
Disse-lhes Pilatos: "Que hei-de fazer então de Jesus chamado Cristo?". Eles responderam: "Seja crucificado!". E ele acrescentou: "Mas que mal fez Ele?". Eles então gritaram mais forte: "Seja crucificado!". Então soltou-lhes Barrabás e, depois de ter feito flagelar
Jesus, entregou-O aos soldados para que fosse crucificado (Mt 27,22-23.26).
Que sentido faz tudo isto que se está a passar?
Porque é que estão a julgar aquele que veio dar sentido às nossas vidas, que nos veio mostrar quem é Deus e que opções de vida devemos tomar para que possamos ser felizes?
ESTAÇÃO II – Colocam a cruz aos ombros de Jesus
Ele vai mesmo ser posto numa cruz, vão mesmo crucifica-lo. Porque tem ele que passar por uma humilhação destas? Porque é que o estão a julgar desta forma? Então não foi Ele que desceu dos céus para nos salvar? E agora vai deixar-se ser humilhado desta forma? Que sentido poderemos nós dar às nossas vidas, se até a própria vida de Jesus é desonrada desta forma?"
celebrar aqui... ao entardecer
quaresma 2014 - caminhada de oração
semanário do 1.º volume (2013/2014)