Mais um Natal à porta… É assim que costumamos dizer, mas neste ano de 2011 ainda tem de ser com mais força e convicção. Tanto mais quanto não teremos muitas possibilidades de nos distrair do verdadeiro Natal, nós e os outros…
Haverá ainda lugar para presentes e lembranças, mas sobretudo no sentido autêntico destas palavras. Às “lembranças”, havemos de as ter, mas lembrando-nos dos outros, especialmente dos que são menos lembrados, visitados e acompanhados no dia a dia. Os “presentes” seremos nós, que também queremos estar onde for preciso, para que haja Natal a sério. E são tantos os lugares e as situações a requererem a nossa presença.
Natal é “nascimento”, Deus a nascer no mundo, como sabemos que aconteceu em Cristo, o Menino Jesus de há dois mil anos e de sempre. É ele o grande presente de Deus e a sua permanente lembrança de nós.
Os cristãos sabem que é assim e que, realmente, nunca estão sós, pois não há momento das suas vidas em que não possam acolher e sentir essa presença de Deus. – São ainda crianças? Jesus Menino nasce, chora, ri, brinca e cresce com eles! – São adolescentes? Jesus vai com eles ao templo, como foi a Jerusalém aos doze anos, para indicar a “casa do Pai”, do Pai que quis partilhar connosco! - São jovens a escolher um rumo, uma vocação? Jesus ensina-os que a verdadeira realização da vida está em descobrir e cumprir a vontade do Pai, ou seja, o que Deus quer de nós e quer realizar no mundo com a colaboração de cada um! – Sentimo-nos pequenos e fracos perante a imensidão de coisas a fazer, lutas a travar, objectivos a alcançar? – Jesus ensina-nos, juntando cruz a cruz, a sua à nossa, para nos transmitir aquela força que vence a própria morte!
Tudo isto é particularmente importante de acolher neste Natal e nas presentes dificuldades da vida de tantos. - Recebamo-lo então, a Jesus nas nossas vidas, para nos tornaremos em presépios vivos em que Ele nasça e sorria a todos, casa a casa, escola a escola, hospital a hospital, trabalho a trabalho!
- Aceite o presente de Deus e torne-se num presente para alguém, para toda gente!
Consigo, no presépio do mundo,
+ Manuel Clemente, Bispo do Porto
Cara comunidade, vamos entrar numa nova etapa o advento. Não é apenas uma retrospectiva de como foi o ano, mas sim uma preparação para o nascimento deste nosso irmão J.C. Tempo esse de grande alegria, tempo de união, de esperança, de alguns valores mais humanos que nos ajudam a viver mais ao seu jeito, da forma como ele viveu e deu a viver à menina dos olhos do seu pai, o nosso Abbá. Pois só assim é que estaremos preparados para a vinda do Senhor, como uma noiva que se prepara para a chegada do grande momento. Para isso há que pensar de como muitas vezes fomos pobres, não é pobres economicamente mas pobres porque ficamos presos nalgumas barreiras, a alguns medos, sentimentos que não nos deixaram viver ao jeito do nosso Abbá. É tempo de dar o salto e de lapidarmos os pilares da nossa fé, de darmos crédito aos nossos irmãos, ao nosso Abbá, a nós mesmos. Mas isto só será possível se estivermos verdadeiramente disponíveis para o amor, PARA O próximo, para todos que precisem. Porém que não seja uma atitude adaptada ao momento que vivemos mas sim a todos os momentos que temos ao longo das nossas vidas, pois um sorriso, um abraço, um beijo, uma palavra amiga, o ajudarmos seja que jeito for, faz toda a diferença.
No próximo dia 25 de Novembro, pelas 21h30, no salão da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Missionários Redentoristas irá ter lugar mais um momento de oração comunitária.
Cá esperamos por vocês, até sexta!
O 1ºVolume descobriu o "Grita", este nosso cantinho de partilha, onde cada um de nós dá o seu contributo partilhando um bocadinho de si. Com esta descoberta, veio claro, a vontade de participar! E nada melhor do que partilhar aquilo que já sabem sobre o seu grande amigo Jesus!
Jesus gosta muito de todos nós! (João)
Jesus quer que todos sejamos felizes, é a missão dele! (Joana)
Jesus ensinou-nos que é muito bom partilhar! (Catarina)
Com Jesus aprendemos que devemos pensar nos outros antes de pensarmos em nós! (Mariana)
Quando o Dividir para Multiplicar foi criado, nunca pensei quantas coisas bonitas me ia ser dado ver.
Muitas vezes, tenho exclamado: o Reino de Deus está entre nós.
A quantidade de gente que se dedica à construção do Reino, a quantidade de corações disponíveis, a quantidade de mãos que se unem...
Sobretudo, saboreio isso ao ver gestos mais simples, que envolvem mais gente, que criam condições para que mais gente participe.
Ultimamente, há duas causas que me têm feito saborear a certeza de que se cada um fizer um bocadinho de nada fará a diferença. O mais interessante é que há mesmo gente disponível a fazer o seu bocadinho.
Do que falo?
Disto: http://www.preenchaestavida.com/
Uma plataforma criada pela Associação Salvador que pretende recolher fundos para apoiar as causas candidatas à "Acção Qualidade de Vida" que a Associação não tem verbas suficientes para ajudar.
Em pouco mais de 2 semanas, conseguiram angariar mais de €20.000, apoiar 5 pessoas e mobilizar mais de 600 pessoas.
E disto: http://movimento1euro.com/
Cada pessoa contribui com apenas um euro por mês. O objectivo é chegar-se a 10% da população portuguesa. Será possível?
Há outras coisas, muitas outras, que me têm falado do Reino de Deus a acontecer entre nós. Só que estas, pela sua simplicidade, têm me tocado de uma forma profunda.
Abba, após a oração de sexta-feira, comecei a estar atenta e tentei começar a lapidar a minha fé.
Como já tinha referido o primeiro pilar que para mim faz sentido é dar crédito.Não é dar crédito só porque os outros precisam.É começar por dar crédito a mim mesma.
Porém, durante esta semana, fez mais sentido o pilar da Luísa - o autoconhecimento.Afinal, dou-me conta de que não me conheço como pessoa, que preciso de me encontrar e reconstruir as minhas fragilidades em alicerces, para que a minha casa fique bem solidificada.
Mas o mais maravilhoso disto tudo é que me tens surpreendido, porque tens-te feito presente.
Tens-me mostrado que o caminho tem pedras, mas é com essas mesmas pedras que vamos construir algo fantástico.
Obrigada, Abbá, por seres tu que guias esta dança, a qual me traz Amor, sorrisos, abraços, enfim, felicidade plena.
Ajuda-me a transmitir aos outros que também eles podem provar deste Amor tão doce que nos torna tudo possível, desde que sejamos ao Teu jeito, que só um Deus cheio de pinta conseguir seduzir (sim, porque o meu Abba está sempre na moda).
P.S. Sejam loucos e apaixonados.
"Pára um momento junto a mim.
Eu sou o teu Deus e Senhor.
Trago-te gravado na palma da mão,
Com amor eterno e sem fim,
Com amor eterno e sem fim."
Estamos tão habituamos a andar em torno de nós que fizemos de nós o centro, que deixamos Deus para segundo plano no Anúncio.
Muitas vezes, falamos do que devemos fazer e do que não devemos fazer. Falamos do que Deus espera de nós, mas esquecemos o papel Dele nesta História. Como se Ele fosse um figurante e nós os actores principais.
No entanto, não fomos nós que descobrimos Deus, não fomos nós que chegamos aos Seus segredos, por um esforço de razão ou por estudo. Não fomos, nem somos.
Pelo contrário, conhecemos Deus porque Ele toma a iniciativa, porque Ele vem ao nosso encontro, porque Ele Se faz Presente.
Um Deus que vem ao nosso Encontro com a Sua Fé, a Sua Esperança e o Seu Amor.
À Fé, à Esperança e ao Amor chamamos virtudes teologais.
Virtudes porque são forças.
Teologais porque vêm de Deus, porque são partilha da lógica de Deus connosco.
O que nos dá mais força do que a confiança que os outros têm em nós?
E se essa confiança, essa Fé, for do próprio Deus?
Quem é Aquele que mais confia em nós?
Quem é Aquele que mais Fé tem em nós?
Sem dúvida, Deus.
E quem confia CONTA-SE, DIZ-SE, REVELA-SE, DESVELA-SE (tira todos os véus).
Assim foi ao longo da História e, na Plenitude, em Jesus, que nos revelou Deus de maneira tão perfeita que até se pôde dizer: "Quem me vê, vê o Pai".
Revelar-se, contar-se, dizer-se é um acto de Fé de quem está disposto a construir história, a dar-se em Aliança, a comprometer-se e a ficar comprometido. Revelar-se não é coisa de um dia, mas de uma construção ao longo da vida.
Deus diz-Se e nunca Se desdiz. Deus não foge à Revelação que já fez de Si e nunca nega a Sua Fé em nós, ainda que isso o faça ficar comprometido. Deus "dá a cara" por nós.
Há dois anos, quando fizemos a caminhada "Ser discípulo é...", quando nos dedicámos ao Anúncio, dizíamos que "Anunciar é dar a cara".
É, sem dúvida. Anunciar é dar a cara, assim como Deus "dá a cara" por nós. Assim como Deus, apesar de todas as nossas infidelidades, continua a dizer "Estes são o Meu Povo", "Estes são os MEUS filhos".
Voltando a Jesus, Revelação plena de Deus, até que ponto foi a Sua Aliança connosco? Até à "morte e morte de cruz". Até ao fim, Jesus não se desdisse, nem se descomprometeu dos Seus. Até ao fim...
Deus não espera que estejamos prontos para fazer connosco Aliança (se não, ainda nem a teria começado...). Não, Deus vem ao nosso encontro e acredita em nós (dá-nos crédito) ainda antes de podermos corresponder à Fé que em nós deposita.
Só que a Sua Fé em nós não fica por aí. Além de nos dar crédito, ainda nos perdoa as nossas dívidas. Além de confiar em nós antes de merecermos essa confiança, ainda continua a confiar em nós apesar de todas as nossas infidelidades.
Prova mais provada? A Fé de Jesus nos seus Apóstolos, que o abandonaram na Morte e que Ele não abandonou na Ressurreição. A Pedro, que perante uma criadita, numa sociedade em que as mulheres nem serviam para dar testemunho, O negou, entrega-lhe a missão de ser suporte da Comunidade nascente...
Parece que Jesus não percebe grande coisa de rentabilidade de investimento.
A regra não é: não se dá crédito a quem não sabemos se pode cumprir e muito menos se dá crédito a quem já antes não cumpriu?
Na nossa lógica, sim. Na lógica de Jesus, sinal visível da lógica de Deus, não.
Numa Aliança, numa História em construção, há sempre novos traços a descobrir, há sempre novos encantos a saborear.
Não vivemos a Fé de Deus sempre na mesma forma, não nos encantamos com Ele sempre da mesma forma.
Na História do Povo, foram-no intuindo como Pai, como Mãe, como Esposo Fiel.
Até que, em Jesus, o percebemos como Irmão que permanentemente nos tenta conduzir até ao Pai.
E, na nossa história, de quantas formas diferentes se nos revela a Fé deste Deus Amor em nós?
Muitas vezes, certamente, experimentamos que Deus nos troca as voltas e acredita/encontra soluções, quando nós já deixamos de acreditar.
A troca mais plena de voltas, como o ano passado tanto saboreamos, foi a Ressurreição de Jesus por Deus. Quando os discípulos já tinham caído no Desânimo e no "acabou-se", Deus pronuncia a última e definitiva palavra.
Na nossa história pessoal, muitas vezes, também dizemos “não dá” e depois DÁ, porque Deus faz das Suas...
A Fé dos outros em nós não nos deixa indiferentes, pois não?
E a Fé de Deus em nós?
Como respondemos a esta Fé que Deus tem em nós?
A quem se nos revela, aprendemos a contarmo-nos também.
Aprendermos a contarmo-nos e a dizermo-nos a Deus é um exercício de encontro com Ele no mais profundo de nós mesmos. Revelarmo-nos a Deus é descobrirmos a verdade sobre nós que Deus já conhece, porque nos tem gravados nas palmas das Suas mãos.
Há medida que nos vamos contando a Deus, vamo-nos sentido chamados à Fidelidade ao Pacto que estabelece connosco. Uma Aliança em que Deus não nos pede nem mais, nem menos do que tudo que temos para Lhe dar.
Quando percebemos isso e quando saboreamos um Deus Dom, que não merecemos, mas ainda assim nos dá crédito, mesmo quando o pouco que merecíamos já deixamos de merecer, vamos passando do dever ao amor, de tal forma que guardar a Fé não é coisa de quem prende ou esconde algo, mas de quem cuida.
Pelo meio de todas as descobertas que no Amor vamos fazendo de Deus, então, percebemos que Deus nos sussura: "Não confies nesse grande aldrabão que é o MEDO. Confia em MIM, que nunca Te faltei, nunca Te falto, nunca Te faltarei. Desconfia, descrê nesse intrujão que é o Medo."
Afinal, a Fé de Deus dá-nos asas para sairmos de todas as gaiolas dos nossos medos!
celebrar aqui... ao entardecer
quaresma 2014 - caminhada de oração
semanário do 1.º volume (2013/2014)