É bom quando deixamos uma luz pequenina brilhar.
Brilham porque encontraram Deus!
E é difícil ficar indiferente a este Deus, um Deus que é justo, um Deus que é libertador, um Deus que é Amor.
Por isso vamos por as nossas luzes a brilhar, brilhar por mais pequenas que elas sejam…
Um apelo à transformação, à não-desistência, ao rasgar do futuro...
É fundamental compreendermos que a realidade “não é simplesmente o que é”, mas acaba sempre por tornar-se o modo como olhamos para ela. As coisas tomam a cor da luz que as ilumina. Numa sala com uma lâmpada azul, todas as paredes, móveis e pessoas ficam azuis. Muda a lâmpada para verde, e tudo ficará verde. Para ver bem, é preciso escolher a “luz” certa. “Olhar” os acontecimentos significa “interpretá-los”. E é fundamental aprendermos a interpretar os acontecimentos de maneira optimista, positiva, confiante e criativa, porque isso leva-nos a dar passos concretos que nos conduzem a melhorarmos a realidade.
Um pensador espanhol muito conhecido, disse um dia uma frase que ficou famosa: “Eu sou eu e a minha circunstância”. Mas “eu” não sou a minha circunstância! Na mesma circunstância, “eu” posso optar por ser “outro”, isto é, ser diferente. Porque as circunstâncias (contextos) fazem as pessoas, mas as pessoas fazem as circunstâncias (contextos). Não somos “ratos de laboratório” numa grande “gaiola de experiências e ensaios” que é o mundo! Não somos fantoches nas mãos de qualquer destino! Temos os fios mais importantes da nossa vida nas nossas próprias mãos!
As nossas posturas, atitudes e expressões (verbais, faciais, corporais, simbólicas…) são consequência das nossas experiências, mais ou menos positivas. Sim; mas o mais importante desta lógica é que pode ser invertida! As nossas experiências de vida podem ser mudadas se mudarmos as nossas posturas, atitudes e expressões!
O modo como nós lidamos com as nossas experiências, as mais antigas como as actuais, torna-as diferentes. Somos protagonistas de nós próprios, somos autores e não só resultado da nossa história, cheio de acontecimentos. Quando falamos de “história”, da nossa história, temos a tentação de olhar só para o passado, considerando-nos como resultado de tudo o que fomos, tivemos e nos aconteceu. Uma coisa te garanto: a maturidade da Fé, da Esperança e do Amor ao jeito de Jesus empurra-nos sempre a olhar para a frente, rasga-nos o futuro. “Tens que nascer de novo!”, disse Jesus a Nicodemos. “Poderei voltar ao ventre da minha mãe?!”, perguntou ele. O engano do costume… querer renascer voltando ao passado! Renascer é nascer novo para o futuro. A nossa história não é só o fio das nossas memórias e experiências. A nossa história é também o apelo ao que de nós ainda está por nascer, o mundo dos nossos projectos e das nossas ousadias a caminho da Felicidade.
Não te deixes ser apenas o resultado das tuas experiências! Sê autor da tua história, pelo modo como amadureces com as experiências do passado, enfrentas as do presente e preparas as do futuro. Não te deixes cair no marasmo dos que acham que nunca há nada a fazer para mudar… porque é mentira! Nem deixes que te enganem com os seus argumentos… Não te deixes cair na tentação de querer justificar as desistências com argumentos que parecem muito “sábios”, mas só servem para enganar os distraídos, coisas deste tipo: “Eu sou assim… é uma questão de personalidade… é a minha maneira de ser…”
Essa “maneira de ser” que chamam “personalidade” não pode ser entendida como uma realidade estática, como um destino interior imutável, qualquer coisa como uma “mola interior” que impulsiona os nossos comportamentos, sempre e só num movimento “de dentro para fora”. Sabes, a nossa personalidade manifesta-se nos nossos comportamentos, mas se quisermos amadurecer temos que começar por conscientemente mudar os nossos comportamentos! Os comportamentos também moldam a personalidade. Na prática, sabes como é que isto se faz? É assim: se queres possuir uma determinada qualidade ou maneira de ser, faz por comportar-te como se já a tivesses! Esse é o caminho para ela desabrochar em ti…
Rui Santiago
«Pedro estava ainda a falar, quando o Espírito desceu sobre quantos ouviam a palavra. E todos os fiéis circuncisos que tinham vindo com Pedro ficaram estupefactos, ao verem que o dom do Espírito Santo fora derramado também sobre os pagãos, pois ouviam-nos falar línguas e glorificar a Deus. Pedro, então, declarou: "Poderá alguém recusar a água do baptismo aos que receberam o Espírito Santo, como nós?"» (Act 10, 44-47)
Olá, Abbá!
Sabes, hoje, sinto uma alegria especial por te chamar assim. Imagino a alegria de quantos já te disseram esta palavrinha pequena e cheia de sentido. O meu coração exulta, por me aperceber que já tantos a pronunciaram antes de mim, tantos como eu que nunca falaram aramaico, mas que encontraram ou encontram nestas poucas letrinhas o "som da voz" do próprio Jesus a dizer-Te, naquele encantamento que só Ele viveu plenamente, Abba, Pai.
Imagino-Te debruçado sobre mim, em todas as quedas que vou dando. Melhor, vejo-Te a dares-me as mãos e a segurares-me nos primeiros passos. Depois, largas-Me e continuas sempre ali, mas eu, vendo-me solta, tenho medo. É um mafarrico tão grande esse medo! Tu lá me pegas ao colo, saras-me as feridas e incentivas-me a voltar a tentar.
Adoro receber-Te como Dom, receber-Te como Graça. Como tudo muda, quando sabemos que não temos que fazer nada para receber o Teu colinho! Como tudo muda, quando Te percebemos a actuar mais nas coisas que não se vêem do que naquelas que enchem os olhos! Como tudo muda, quando descobrimos que nos tornas dignos, com o Teu Amor e a Tua Confiança! Como tudo muda, quando sentimos que não há uma multidão de filhos teus, mas que escolheste perfilhar a Humanidade e dar-lhe Cristo como Cabeça!
O texto dos Actos com que comecei fez-me olhar um pouquinho para a minha Caminhada e perceber que, como os fiéis circuncisos, já me espantei, diria quase indignei, com a Tua capacidade de Dom. Não percebia que fosses Tu a vir ao nosso encontro, que nos apresentasses uma Aliança sem reservas, que só nós pudessemos recusar. Isto de um contrato de aceitação unilateral confundia-me. Então Tu não terias o dever de recompensar os bonzinhos? Não, hoje, sei que não é nada assim. Continuas a espantar-me e a surpreender-me, mas é com um sorriso rasgado que o noto. Sabes, hoje, como Pedro, pergunto como posso encarar alguém como não sendo Teu filho, Teu escolhido, se o Espírito foi derramado sobre ele? Não posso, nem quero.
Ajuda-me, a cada dia, a sorrir perante a bagunça que deixas sempre na minha vida, perante todas as minhas certezas que destroies como se fossem apenas um baralho de cartas.
Faz-me perceber que Tu, o Filho e o Espírito derramam sobre todos nós a Vida Nova, com mais abundância e mais Sentido do que podemos intuir.
[Obrigada a todos aqueles que me proporcionam momentos muito ricos de caminhada. Um obrigada muito especial a todo o grupo de catequistas, pelo muito que cresço convosco. Quero agradecer ao Alexandre, por fazer estes desenhos maravilhosos, que me entretenho a "raptar" e ao Icas, por me ajudar no pormenor difícil de escolha do título para o post. E o maior obrigada vai para...DEUS PAI, por ser o meu Pai querido.]
Esperamos que gostes! =P
Na última formação o Gustavo deu-nos o seu blog, caso o quiséssemos visitar. Pois bem, confesso que o fiz algumas vezes, mas hoje fui "lá parar" através do Derrotar Montanhas...
Ao clicarem aqui irão descobrir porquê...
Obrigada Gustavo pela tua partilha (:
Queremos escutar-Te, seguir-Te e encontrar-Te na Tua Morada
Andava a vaguear pela internet, pelos blogs e sites do costume e resolvi fazer uma visitinha ao canal do Rui Santiago no YouTube. Encontrei lá este vídeo que ainda não tinha visto e achei que seria interessante colocá-lo aqui no nosso blog. Muitos de vocês é bem provável que já o tenham visto, mas acho que não sairão nada prejudicados se o virem outra vez (;
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Rui Santiago
Descobrir os “para quê’s” da Vida, de forma a encontrarmos a sua “utilidade”.
Fazer com que as nossas falhas sejam fonte de Crescimento.
“Deus é o Amor forte e novo ao teu dispor 24h por dia! (…) Vive, Testemunha e Anuncia!”
Ontem, na aula de Body Balance, durante a faixa de relaxamento, a instrutora falou-nos de um artigo sobre "viver o momento", da revista do JN, escrito por uma psicóloga. Este falava do porquê de deixarmos, constantemente, a vivência do momento para amanhã, quando ele é o presente.
Na revista, a psicóloga exemplifica uma situação específica. Certo dia, tinha ido com uma amiga passar férias num lugar paradisíaco. Quando lá chegaram, a sua amiga exclamou: "Isto é tão bonito! Tenho de cá voltar!" Ao que a autora respondeu: " Porquê? Se já cá estás? "
Hoje, deixo-vos apenas com isto: " Porquê? Se já cá estás? "
O momento é Agora, Já!!
Sejamos assim... Sólidos como uma rocha para crescermos juntos e cada vez melhor! Que a união seja uma característica do nosso Grupo!
Sejamos Sólidos também na nossa Fé, para que esta seja capaz de tornar um grande obstáculo numa pequena barreira, e um pormenor num grande milagre!
Sejamos....Solid, Solid as a Rock! ;)
Ana ,
O tempo urge e passa por vezes a velocidades impensáveis... No entanto, gostava de deixar a minha partilha para ti! O teu jeito de estar, a tua maneira de amar são duas grandes marcas que deixaste na minha Vida. Obrigado por fazeres parte dela, seres minha amiga, estares presente nos bons e maus momentos e acima de tudo seres mediação do rosto de Deus! Um beijo enorme, Alexandre Caramez “Eu irei cantar pelo mundo Falar de Ti, meu Salvador, Eu irei dar a Boa Nova, Dizer a todos: Jesus é amor.” Continua a cantar pelo mundo, continua a espalhar a Boa Nova e a dizer a todos que Jesus é Amor! Assim, a tua Vida continuará a fazer diferença na minha. Obrigada e parabéns por marcares essa diferença na minha vida e na dos que te rodeiam. Ana Montenegro “Acredita, longe pode chegar a alegria, Porque na alma que te habita Não há noite vive o dia…” Pois é, Ele é assim, um dia cheio de sol e amor para dar. Parabéns pela Tua Vida. Hugo Pena Obrigada por seres como és, por seres para mim um exemplo, ânimo e vontade de ser melhor! És um rosto vísivel do Pai! Beijinhos, Joana Valente Escrever isto não é uma mera obrigação. É antes uma pequena forma de te mostrar como a tua Vida se tem tornado cada vez mais importante para a minha. És um exemplo de como viver no Amor de forma serena (sem ser displicente), inteligente e adulta e isso tem ajudado o meu crescimento pessoal. Só posso estar feliz - e grato - pela tua Vida e, por isso, celebro-a hoje de forma especial. Parabéns Ana! José Oliveira Parabéns pela tua Vida! Hoje celebro dedicando-te esta música que adoro! É fácil ouvi-la e imaginar a pessoa bela e doce que és! Obrigada por todas as marcas que deixaste e deixas na minha Vida! Desejo que sejas muito feliz e que os sonhos se tornem realidade... Ao longo das nossas vidas, há muita gente com que nos cruzamos, com que partilhamos bons e maus momentos. Não nos lembramos de todos, porque nem todos se tornam importantes, nem todos deixam marcas. Felizmente, há alguns que são inesquecíveis e imprescindíveis. Obrigada por, na minha vida, fazeres parte desse lote. Obrigada por todas as vezes que já me fizeste saborear o Amor de Deus. Parabéns pela tua vida e pelo teu jeito especial de a gastares. Micaela Madureira Nesta imagem está o mar, uma das tuas representações preferidas da vida… Pois nestas ondas que vês é onde tudo começa e acaba. Escolhi esta representação para te mostrar o quanto a tua VIDA é importante para mim! E falta acrescentar uma representação sobre esta imagem: por vezes as ondas maiores ajudam as mais pequenas a crescer, e essas pequenas vão e mais tarde voltam maiores e juntam-se à onda maior que as ajudou a crescer e juntas “nadam” e ajudam novas ondinhas a prepararem-se para enfrentar e desfrutar de todo este mar! Um grande obrigado por seres a onda que sempre me acompanhou (: Um grande beijo, Ricardo Lima Ana, Reflectir um pouco sobre a tua pessoa levou-me a uma conlusão. Tu és uma pessoa que se traduz naquilo que diz e na forma como o diz. O teu discurso é pausado e ponderado, reflexo da pessoa calma e sensata que és. Contudo é também um discurso com muito conteúdo, com palavras inflamadas de gratidão e amor, reflectindo igualmente o que tens no coração. Reflectir um pouco sobre a tua pessoa levou-me a outra conclusão. Que tenho muitos motivos para agradecer a tua presença no meu caminho. Desde o acolhedor sorriso aos Domingos de manhã, ao significado das tuas partilhas. Muitos Parabéns, tem um óptimo dia! Ricardo Silva Como sou feliz por poder celebrar e festejar a tua vida! Lembrar o que já vivemos desde aqueles primeiros tempos nos quais tu eras apenas a menina de caracóis bonitos e eu a pré-adolescente com a mania que tinha o mundo a seus pés... Como foi (e é!) bom crescer a teu lado! A tua vida bonita e fiel são modelo para mim! Gosto de ti. Rute Santos É assim que te vejo... em vários momentos da tua vida conseguiste captar Deus no momento e é por isso que sei que és Feliz! Obrigado por ti! Gosto muito de ti... és importante na minha vida! Sandra Castro “Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Áquem e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhas de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dize-lo cantando a toda a gente!” Bendita és tu porque amas assim! Susana, Pedro e Catarina A ideia, mesmo plagiada, foi minha, mas a exposição limita-me. Era um risco que eu antecipara e que, na verdade, me impede de ser total. Tento pois a adequação plena ao momento, um texto escrito para ti, mas que não só tu lerás. Talvez o amor devesse eliminar estas incompletudes — a falha é toda minha. Obrigado por amares as minhas falhas: amo essa coragem, esse acerto. Encontro-te sempre nas minhas limitações, e assim compreendo que a tua fé em mim é absoluta. É um bom tema para aqui: a tua fé. A tua fé nos elementos primordiais da vida, na essência prístina de tudo. Eu, por exemplo: espero que os meus passos sejam sempre dados nos trilhos em que me concebes. É esta talvez a minha religião. Mas, afinal, não me alongo muito sobre a tua fé: admiro-a, basta. Assombro-me: é o hábito preferido dos meus dias. É bom não compreender ainda totalmente por que és tão alta. E: aos 26 anos (voltarei a ser “mais novo” durante 7 meses!) já cheguei ao limite do caminho. Pelo menos a um deles, enquanto não desenharmos outros; a verdade é que já sei o que estou aqui a fazer, mais, se calhar, do que o próprio Vladimir, e eu já não espero por ninguém. É um luxo e uma responsabilidade de que me lembro em todas as minhas distracções: a minha vida tem uma palavra: Ana. Espero apenas que chegues sempre a Casa. Parabéns, Ana. Lembrar-me-ei de mais palavras no nosso sítio. Nuno
"> Luísa Pinto
Hoje, venho aqui partilhar algo que me aconteceu ontem e me deixou a pensar.
Vinha eu da Faculdade, cansada e carregada, a responder a uma mensagem que tinha recebido horas antes, mas que não tinha tido tempo de ler antes, quando alguém passou por mim e, vendo que estava sorridente, me lançou um "Ai que felizes que nós estamos..."
Já não fiz o resto do caminho a pensar em tudo o que teria para fazer quando chegasse a casa. Em vez disso, dediquei-me a reflectir sobre duas coisas. A primeira delas foi que, muitas vezes, nem nós sabemos que somos e estamos felizes, porque não temos dois minutinhos que seja para pensarmos nisso. A segunda foi que tenho imensos motivos para ser feliz.
Ontem, aquilo que me pintava o rosto com um sorriso era algo de extremamente simples: uma amiga tinha-me me enviado uma sms a partilhar comigo uma grande alegria que tivera.
Como esses pequenos momentos, há tantos, mas tantos outros no meu quotidiano, a que, por vezes, não dou valor.
Realmente, sou feliz!
Sou feliz, porque conheço o Deus Amor que Jesus nos revelou.
Sou feliz, porque O sinto a amparar-me na minha caminhada.
Sou feliz, porque, sendo criada à imagem e semelhança de Deus, sei que sou talhada para a Comunhão.
Sou feliz, porque tenho, no meu Caminho, pessoas maravilhosas, que me fazem ir mais além, que me falam de Deus com as suas palavras, mas, sobretudo, com as suas vidas, que me ajudam a sentir-me especial.
Sou feliz, por tantas coisas que as palavras são incapazes de conter.
Sou feliz, porque tenho consciência de que sou feliz.
E a ti o que te faz feliz?
Agora partilho com vocês uma história que me foi contada recentemente e da qual gostei muito (;
“Era uma vez o país dos poços. Qualquer visitante estranho que chegasse àquele país só conseguia ver poços: grandes, pequenos, feios, bonitos, ricos, pobres... À volta dos poços, pouca vegetação. A terra estava seca!
Os poços falavam entre si, mas à distância e gabavam-se daquilo que tinham nas suas bocas, mas havia sempre um pedaço de terra entre eles. Na realidade, quem falava era a boca do poço e dava a impressão que ao falar ressoava um eco, porque na verdade a fala provinha de lugares ocos.
Como a boca dos poços estava oca, os poços davam a sensação de vazio, de angústia e cada um procurava encher esse vazio como podia: com coisas, ruídos, sensações raras, livros, sabedorias... Havia poços com a boca tão larga que permitia colocar nela muitas coisas. As coisas, com o tempo, passavam de moda: então, com as mudanças, chegavam continuamente coisas novas aos poços, coisas diferentes... e quem possuía muitas coisas era o mais respeitado, admirado. Mas, no fundo, o poço nunca estava contente com o que possuía. A boca estava sempre ressequida e sedenta.
Diante desta sensação tão rara, uns sentiam medo e procuravam não voltar a senti-la. Outros, encontravam tantas dificuldades por causa das coisas que abarrotavam das suas bocas, que se punham a rir e logo esqueciam aquilo que se "encontrava no fundo"...
Até que houve alguém que começou a olhar mais para o fundo do poço e, entusiasmado com aquela sensação que experimentou no seu interior, procurou ficar quieto, mas, como as coisas que abarrotavam a sua boca o incomodavam, procurou libertar-se delas. E, aos poucos, os ruídos silenciaram, até chegar o silêncio completo. Então, fazendo-se silêncio na boca do poço, pôde escutar-se o barulho da água lá no fundo e sentir-se uma paz profunda, uma paz que vinha do fundo do poço.
No fundo, ele sentia-se ele mesmo. Até então acreditava que a sua razão de ser era ter uma boca larga, rica e embelezada, bem cheia de coisas... E assim, enquanto os outros poços tratavam de alargar a sua boca, para que nela coubessem mais coisas, este poço, olhando para o seu interior, descobriu que aquilo que ele tinha de melhor estava bem no fundo e que, quanto mais profundidade tivesse mais poço seria.
Feliz com a sua descoberta, procurou tirar água do seu interior, e a água, ao sair, refrescava a terra e tornava-a fértil e logo as flores brotavam ao seu redor.
A notícia espalhou-se rapidamente e as reacções foram diversas: uns mostravam-se cépticos, outros sentiam saudade de algo que, no fundo, percebiam também e outros ainda desprezavam "aquele lirismo" e achavam perda de tempo tirar água do seu interior.
Sem dúvida alguns tentaram fazer a experiência de se libertar das coisas que enchiam a boca e acabavam por encontrar água no seu interior. A partir de então comprovaram que, por mais água que tirassem do interior do poço, este não esvaziava. A seguir, aprofundando mais para o interior, descobriram que todos os poços estavam unidos por aquilo que lhes dava razão de ser: a água.
Assim começou uma comunicação profunda entre eles, as paredes dos poços deixaram de ser barreiras entre eles, já que a comunicação passou a ser feita através da água que os unia.
Mas a descoberta mais sensacional veio depois, quando os poços já viviam em profundidade: chegaram à conclusão que a água que lhes dava vida não nascia em cada poço, mas sim num lugar comum a todos eles. Então, resolveram seguir a corrente da água e descobriram o manancial! O manancial estava bem longe: na montanha do país dos poços, e ninguém sabia da sua presença. Mas estava lá!
A montanha sempre esteve lá. Umas vezes apenas visível entre as nuvens, outras mais radiante... Desde então, os poços que haviam descoberto a razão do seu ser, esforçaram-se por aumentar o seu interior e aumentar a sua profundidade, para que o manancial pudesse chegar mais facilmente até eles. E a água que tiravam de si mesmos tornou fértil a terra ao seu redor.
Mas, por muito que uns tivessem encontrado o manancial ainda havia outros que ainda se entretinham a encher as suas bocas com adereços…”
É tão bom quando sentimos que não precisamos de adereços para nos sentirmos belos. É tão bom quando vemos que ao transbordar podemos criar novos sorrisos. É tão bom quando vemos que estabelecemos laços com os outros não através “da nossa boca”, mas sim através “da nossa água”.
É mesmo muito bom Viver ao jeito do Amor!
Bom Deus,
Hoje te dou graças pela forma como me surpreendes todos os dias, dou-te graças por estar distraído e de repente ser surpreendido com um pormenor teu, um pormenor tão pequeno e tão discreto que normalmente me escaparia, mas serviu para ver que mesmo quando me esqueço de ti, tu estás lá para me ajudar e apoiar.
Deixo-te ainda um grande obrigado por todos os pormenores em que te consigo ver, naqueles sorrisos inesperados, naquelas frases que vêm mesmo na altura certa, e principalmente pela forma magnifica como nunca desistes de nós quando nos deixamos levar pelas tempestades!!!
Um simples e grande obrigado..
..por existires!
Apenas para relembrar o intuito da criação deste nosso blog: fazer com que os nosso gritos sejam tantos e tão altos que os outros, mesmo estando mais longe, possam ouvi-los.
Acredita
Longe pode chegar a alegria
Porque na alma
Que te habita não há noite
Vive o dia!
Grita Bem Alto ao Mundo esquecido
Que só no Amor o Homem é livre
É a certeza de que a Vida só assim
Tem sentido
Ser profeta
Desafio novo que em ti brilha
P’ra construir
Uma nova família
Na partilha!
Não quero parecer aborrecida, mas gostaria mesmo muito que houvesse mais participação no blog. Não é obrigatório escrever algo, podem postar um simples desenho, um vídeo que vos chame a atenção para algo particular, um acontecimento do vosso dia que vos tenha marcado (como o Icas fez há bem pouco tempo), …
Queria mesmo que ao olhar para o nosso blog, pudéssemos dizer que é mesmo NOSSO e não só de alguns. Cabe-nos a nós fazer deste blog, o NOSSO blog! Por isso, GRITOS PRECISAM-SE!
celebrar aqui... ao entardecer
quaresma 2014 - caminhada de oração
semanário do 1.º volume (2013/2014)