Este Domingo, dia 12 de Fevereiro, queremos criar um momento em Comunidade como já tem sido hábito. Pelas 10:50 haverá no salão da nossa igreja uma Catequese Conjunta com o tema Esperança, para a qual todas as crianças, pais e familiares, e quem mais desejar estão convidados a assistir e a participar! Pretendemos criar um momento de partilha, como devem ser os momentos em Comunidade. Partilha da nossa história, de como ela é frequentemente marcada pelo desânimo e da busca duma Esperança da qual nos parecemos esquecer que deve partir de cada um de nós.
“Quem quiser poupar a sua vidinha, está a perder a Vida! Quem se gastar servindo e amando, está a ganhá-la!” (Lc 9, 24)
Vamos tentar desprender-nos daquilo que não é essencial, para alegrar o nosso dia! Contamos contigo!
Olá Comunidade! =)
Esta semana juntamo-nos todos para a primeira catequese conjunta deste ano. Não querendo já definir com todas as letras o tema do nosso ano, ficamos a saber que este ano será dedicado ao acontecimento mais importante da História da Humanidade. Ainda se lembram qual é?...claro, é Jesus! Esse Jesus que construiu uma História de Vida muito bonita, que ainda hoje inspira muitos corações da mesma forma que inspirou o coração dos que o seguiam. Esse Jesus considerado o Messias, o Salvador, que arrastava multidões, capaz de pacificar os corações mais inquietos e tristes.
Esse Jesus capaz de grandes proezas, contudo era pobre, despojado de qualquer bem, tendo como único poder o Amor que transbordava do seu coração em palavras e gestos. Esse Jesus que muitos esperavam que fosse um poderoso rei, que trouxesse um exército atrás de si, outros que fosse um mago poderosíssimo, capaz de desafiar as leis da natureza , outros ainda, provavelmente, que fosse um grande político ou sacerdote que rapidamente assumisse posições mais relevantes que um simples peregrino sem-abrigo, mas que no fim acabou por morrer uma morte reservada aos piores bandidos e traidores, abandonado por aqueles que tanto amava.
E os seus discípulos, que deixaram tudo para trás para o seguir, que JUNTOS caminharam com Ele, que JUNTOS partilharam a sua vida com Ele, que JUNTOS acreditavam que Ele iria ser um dia rei? A esses discípulos foi como se lhes tirassem o tapete debaixo dos pés. Foi quando então que se SEPARARAM, apoderando-se deles o desânimo, a tristeza e o medo. Desanimados por acharem que tudo o que tinham vivido terminara em nada; tristes por verem o seu Mestre, o seu Amigo morrer assim, como um dos piores pecadores; amedrontados pela ideia de que iriam ser perseguidos e morreriam de igual forma por O terem seguido.
Quando se opta pelo isolamento, pela solidão, é fácil sentirmo-nos desorientados, desanimados, tristes, com medo... Nós não somos seres que se dão bem com a solidão. Nem nós, nem o nosso Deus. Sendo Ele um Deus Amor, é um Deus que está vivo nas relações amorosas que estabelecemos com os nossos amigos, familiares, namorados(as), maridos(mulheres), etc. É sabendo que temos quem amar e quem nos ame que encontramos força, sentido e certeza. Esse é o verdadeiro poder de Deus.
Mas o que aconteceu ao certo aos discípulos? Porque viam eles um futuro rei, homem de poder, revolucionário extremista, num homem que nunca pretendeu sê-lo, nunca disse pretender sê-lo, num simples caminhante que confiava apenas no poder da Fé no Amor? Isso aconteceu porque os discípulos, erraram ao verem Jesus como gostavam que ele fosse, esperando dele algo que Ele não era, interpretando aquele Messias à sua maneira. Que cegos estavam. Ou poderemos dizer que cegos estamos? Será que não vemos os outros muitas vezes assim, da maneira como gostaríamos que fossem, esperando coisas deles que não são deles? Há pelo menos uma pessoa(ou melhor dizendo, três) que de certeza já nos aturou esse tipo de atitude muitas vezes...Deus. Quantas vezes transformamos na nossa cabeça o nosso Deus Amor que não é senão Amor, num Deus médico que vai curar as doenças dos que gostamos, num Deus conselheiro sentimental, que vai resolver todos os problemas que temos com os que amamos, num Deus intermediário, que ajuda os mais pobres pela nossa vez, e em tantos outros deuses deste género. Gostava que começássemos todos a ver Deus como Ele é. Amor. Um Deus que só pode o que o Amor pode, e portanto um Deus que não pode tudo. Um Deus que vive no próximo. Que nos dá força, que nos anima, que nos dá a ferramenta, mas que não faz por nossa vez. Para começarmos a vê-lo desse jeito podemos começar por fazê-lo com as pessoas que fazem parte da nossa vida, vendo-as como elas verdadeiramente são. Vamos a isso? ;)
celebrar aqui... ao entardecer
quaresma 2014 - caminhada de oração
semanário do 1.º volume (2013/2014)